Júlio Ferreira anuncia fim da carreira no taekwondo 

Júlio Ferreira, taekwondista de Braga, decidiu colocar um ponto final na carreira, aos 30 anos. O atleta português vingou internacionalmente na modalidade após superar inúmeras dificuldades, levando como “mágoa maior” o nunca ter competido em Jogos Olímpicos.

Em declarações à Lusa, o atleta revelou que está eternamente “grato” ao COP, ao Sporting Clube de Braga, à Universidade do Minho e à Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) – bem como aos treinadores Joaquim Peixoto e Pedro Campaniço –, contudo entende que o taekwondo português ainda se está a “reerguer” pelo que não pode persistir numa fase em que “a própria sustentabilidade pessoal” está em causa.

Depois de em abril, Rui Bragança, a maior referência da história do taekwondo português, se ter retirado, Júlio Ferreira, campeão da Europa em 2016 e bronze em 2014, em -74 kg, antecipa que a modalidade vai passar por algumas complicações nos próximos ciclos olímpicos.

O desportista recorda todas as dificuldades do taekwondo, que esteve vários anos sem apoios do Estado, o que também contribuiu para que a nova geração não apresente a mesma qualidade.

“Era necessário que tivesse aprendido connosco e tivesse outras experiências. Neste momento, há esse ‘gap’. Fizemos o que pudemos. Não deu para mais. Tão breve, duvido que haja atletas que cheguem ao nível em que nós estivemos”, avisou.

O bracarense leva como uma das maiores mágoas da carreira o facto de ter falhado a qualificação para Jogos Olímpicos, sobretudo para Tóquio2020, em que ficou a um combate do sonho, enquanto para Paris2024 teve o “azar” de encontrar, na derradeira oportunidade, o campeão olímpico em -80 kg, o russo Maksim Khramtsov.

Quanto à memória mais feliz, destaca o bronze que conquistou nos I Jogos Europeus, em Baku2015, onde sentiu que aquele pódio foi “para todos”, desde o seu staff aos elementos do COP.

Na carreira de quinze anos, destaque ainda para as medalhas de bronze nas Universíadas Nápoles2019 e nos Jogos do Mediterrâneo Tarragona2018, bem como no Grand Prix de Roma2018 e o ouro nos Jogos da Lusofonia Goa2014.

c/Lusa

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