Esposende terá centro de divulgação científica e cultural no Forte

Em Esposende, a autarquia deu nos últimos dias o pontapé de saída para o Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC)a instalar no Forte de S. João Baptista, junto à foz do rio Cávado. Vai custar mais de dois milhões e meio de euros e o autarca local, Benjamim Pereira, assegura que estão garantidos fundos comunitários para este projeto.
Prepara-se assim a transformação daquela fortaleza construída entre 1669 e 1704, no âmbito do plano âmbito defensivo da costa portuguesa.
O CDCC integrará três áreas principais, nomeadamente o Centro Interpretativo do Parque Natural do Litoral Norte (PNLN), o Museu D. Sebastião e um espaço de exposições temporárias, dispondo ainda de um auditório e cafetaria, refere a nota enviada pela autarquia de Esposende.
O Centro Interpretativo do PNLN ficará instalado numa das alas do edifício e englobará um conjunto de funcionalidades integradas, nas vertentes da investigação e exposição do património natural existente, quer na parte terrestre quer na parte marítima.
Na zona reservada às exposições de maior dimensão, dedicadas ao Património Cultural e à Arqueologia Subaquática, ficará acomodado o espólio do Achado de Belinho, resultante do naufrágio de uma embarcação quinhentista, que fará a ligação com a ala destinada ao Museu D. Sebastião, monarca intimamente ligado a Esposende, por ter concedido a autonomia administrativa, em 1572, através de Carta Régia.
Surgirá ainda uma valência dedicada a exposições temporárias.
De acordo com o Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, foi sempre vontade do Município de Esposende recuperar o Forte conferindo-lhe utilidade pública, não obstante a pretensão e as várias propostas apresentadas pelo setor privado.
O processo ficou concluído em 2018, com a assinatura do protocolo de cedência do Estado ao Município, uma concessão por 50 anos, pelo valor de 204 mil euros. O projeto inicial do Centro de Divulgação Científica de Atividades Marinhas, acordado no âmbito do protocolo com a Universidade do Minho, foi repensado fruto das dinâmicas e das oportunidades entretanto surgidas levando à definição de novas finalidades para o edifício, acrescentando valências de cariz cultural.
“Abre-se, desta forma, ao usufruto da população, ao conhecimento e à cidadania, um espaço situado numa zona nobre de Esposende, num quadro de requalificação integral da zona ribeirinha da cidade”, referiu o autarca notando que a sul irá nascer o Parque da Cidade.
Para o social democrata que estará perto de deixar a autarquia de Esposende para presidir ao Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana a convite do primeiro ministro Luís Montenegro, “o Centro de Divulgação Científica e Cultural irá afirmar Esposende na área da divulgação científica e cultural e da preservação histórica da memória coletiva do povo”.
