Bairro Coral dá palco a ´paisagens vocais`
Tendo as paisagens vocais como mote, o Bairro Coral regressa a Guimarães com quatro dias de atividades. Em vários pontos do concelho estão previstos concertos, DJ sets, conversas e performances. A programação prolonga-se até 13 de outubro.
Pensada para chegar a diferentes públicos, com diferentes sensibilidades, “dentro da noção de paisagem, ecologia”. Assim é descrita a programação pelo diretor artístico do projeto, Carlos Alves Correia. A voz humana, ressalta, serve como “âncora” para as atividades, que resultam de duas outras edições que, em 2022, “apresentou as possibilidades existentes e, em 2023, girou em torno das polifonias (uma técnica compositiva que produz uma textura sonora específica)”, recorda.
A programação arranca esta quinta-feira, dia 10, a partir das 18h30, com uma roda de conversa com Madalena Oliveira, Luís Costa, Humberto Martins e Álvaro Domingues, na Pousada da Juventude, que terão a companhia de uma apresentação de João Neves com o guitarrista Pedro Branco. No dia seguinte, a partir das 21h30, o Coro Vilancico, “traz composições mais tradicionais portuguesas”, na Igreja de São Domingos. Já no Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, o coletivo Cobracoral apresenta-se às 23h00, sendo seguido de um Dj set de Louve.
No sábado, a partir das 17h30, Teresa Campos, comanda uma arruada, que “leva o público ao próximo concerto” ao cargo do quarteto experimental de João Mortágua, Mariana Dionísio, Ricardo Martins e Leonor Arnault. Mais tarde, pelas 22h00, a Associação Cultural Outra Voz convida Amélia Muge, “uma das artistas com mais originais inscritos na sociedade portuguesa de autores e alguém muito fora de série”, a ocupar a Igreja de São Francisco. “O local tem uma componente emocional muito especial, pois foi onde realizamos uma das primeiras apresentações antes de Guimarães ser a Capital Europeia da Cultura, onde vamos regressar passados estes 12 anos”.
Senhor Jorge e a dj Sara Pereira encerram a programação do dia do Bairro Coral, no Convento das Dominicas. No domingo, uma oficina de voz será ministrada por Fátima Miranda, que “há muito não realizava um evento destes”, no Centro Internacional das Artes José Guimarães, vai ser a responsável por fechar o cartaz.
Carlos Alves Correia destaca que as atividades foram pensadas para “prestar um serviço público e dar a conhecer ao espetador coisas que eles ainda não sabem que podem vir a gostar”. “Tentamos cruzar estas atividades com outras propostas que sabemos que chegam a um público mais alargado”, conclui.
A programação detalhada pode ser encontrada aqui.
*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Vanessa Batista.
