Perto de 200 pessoas manifestaram-se em Braga por uma “Palestina Livre!”

Perto de 200 pessoas reuniram-se, esta quinta-feira ao final da tarde, para exigir um cessar fogo em Gaza e uma Palestina livre. A iniciativa com o mesmo nome: “Palestina Livre! Paz no Médio Oriente”, está a percorrer diferentes cidades, estando prevista para este sábado uma manifestação, pelas 15h00, em Lisboa.

Na cidade dos arcebispos, Ilda Figueiredo, presidente da Direção Nacional do Conselho Português para a Paz e Cooperação, fala na necessidade de o povo forçar os governantes a lutar pela paz nesta região. “Nós estamos a denunciar esta situação, a exigir que haja da parte dos Estados Unidos da América, das potências da União Europeia, uma posição clara a exigir o fim do genocídio que Israel pratica na Palestina e a exigir que cessem os apoios que lhes estão a dar para que haja um cessar-fogo imediato”, declara.

De acordo com dados da UNICEF, mais de 700 mil crianças da Faixa de Gaza vivem atualmente em abrigos ou acampamentos sem água nem comida suficientes, sem escola ou cuidados médicos. Desde 7 de outubro de 2023, quando cerca de mil combatentes do Hamas atacaram inesperadamente o território israelita, matando quase 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, dos quais quase 100 continuam detidos, já faleceram mais de 40 mil pessoas das quais a maioria são mulheres e crianças.

Em Braga, a manifestação junto ao Largo de São Francisco, contou com a colaboração da CGTP, CPPC – Conselho Português para a Paz e Cooperação e o projeto Ruído. Para Raquel Gallego, da organização, esta é uma forma de dar a conhecer à comunidade bracarense testemunhos reais e assim combater as ´fake news`.

“Há muita contrainformação. Temos algum receio que a mensagem não esteja a passar totalmente. Por outro lado, queremos que a Palestina saiba que tem o apoio de Portugal”, frisa.

A RUM conversou com um palestiniano que vive em Braga há quase 10 anos. Para Al-Sharawi Salem, a Universidade do Minho foi a sua porta de entrada no país, onde concluiu o doutoramento em Optometria e Ciências da Visão, em 2023. Aos microfones da Universitária fala numa agressão que dura, há 75 anos, estando, contudo, feliz por ter conseguido salvar os pais de 80 anos a abandonar a zona de guerra.

“Esta manifestação ajuda a clarificação o que Israel está a fazer na Palestina, em concreto na Faixa de Gaza. Sempre tivemos dificuldades. Israel está a levar a cabo um genocídio. Tenho muita sorte porque agora tenho perto de mim a minha mãe e o meu pai”, confessa.

* Com Marcelo Hermsdorf

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Carolina Damas
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