Mais de 130 músicos no Guimarães Jazz “num clima de colaboração e partilha entre gerações”

Ao longo de dez dias, o Guimarães Jazz invade três espaços na cidade berço para permitir toda a criatividade e liberdade “num clima de colaboração e partilha entre gerações de músicos”. Quem o diz é o diretor artístico do festival, Ivo Martins. Mais de 130 músicos vão passar por 12 concertos, jam sessions e oficinas de jazz, apresentados por nomes consagrados e projetos que dão palco a jovens músicos.

A programação arranca já esta quinta-feira, pelas 21h30, no Centro Cultural Vila Flor (CCVF), com a atuação de Ambrose Akinmusire, que regressa a Guimarães após oito anos. O trompetista traz para a cidade berço uma composição em quarteto “num formato completamente diferente e um bocado atípico”. 

No dia seguinte, no mesmo horário, será a vez de subir ao palco um quarteto “inédito” coliderado pela dupla de músicos portugueses, que vivem há muitos anos nos Estados Unidos, formada pela vocalista Sara Serpa e pelo guitarrista André Matos.

Na tarde de sábado, dia 9 será possível ouvir o grupo de percussão português Drumming, em parceria com o pianista Daniel Bernardes, numa revisitação e homenagem a György Ligeti, “um compositor importantíssimo da música contemporânea”, atesta o programador. Depois, pelas 21h30, Maria Schneider sobe ao palco com a orquestra espanhola Clasijazz.

Depois de uma paragem durante a semana, os concertos regressam a 14 de novembro, quinta-feira, com o trompetista Wadada Leo Smith que, segundo Ivo Martins, era um nome que o festival gostava de trazer para Guimarães antes de 2020. 

Já na sexta, o palco vai para o trio liderado por John Escreet, com a companhia de Eric Revis e Damion Reid. A parceria entre o Guimarães Jazz e a Orquestra de Guimarães irá encerrar a programação, com a condução do macedónio Dzijan Emin, pelas 21h30 de 16 de novembro.

“Temos trabalhado, aperfeiçoado e realizado parcerias com entidades exteriores, mas também de Guimarães”

Estas parcerias e o trabalho realizado junto com os estudantes, faz parte do ambiente do festival “há muitos anos”, confessa também Ivo Martins. Segundo o responsável, isso permite “um clima de colaboração, partilha e entendimento entre gerações de músicos”, o que foi “ampliado com a abertura do Centro Cultural Vila Flor”.

“As jam sessions e as oficinas já são uma forma de nos aproximarmos dos jovens músicos e dos alunos”, acrescenta.

Alguns dos projetos que integram a programação surgem, segundo Ivo Martins, de parcerias com outras entidades, como a Sonoscopia Associação Cultural e a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, no Porto, a Universidade de Aveiro e o Porta-Jazz, que “acabam por envolver muita gente”.

O diretor artístico do Guimarães Jazz antevê também o envolvimento do público com as atividades programadas e sublinha que a organização “lutou muito para fazer as coisas bem feitas”. “Tentamos passar uma mensagem de competência, de seriedade e de rigor”, finaliza.

A programação completa pode ser conferida aqui.

*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Elsa Moura

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