Bracarense Artur Jorge homenageado pelo Presidente da República

O bracarense Artur Jorge aterrou há poucos dias em Portugal após uma temporada de sonho no Brasil e foi condecorado, pelo Presidente da República, com as insígnias de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
A cerimónia realizou-se no Palácio de Belém, esta terça-feira e a condecoração surge a propósito da conquista da Taça dos Libertadores e o “Brasileirão” ao serviço do Botafogo, clube que se seguiu na carreira do técnico depois de deixar o Sporting Clube de Braga em maio deste ano.
Em declarações ao jornalista da Agência Lusa em Braga, Guilherme Soares, o treinador foi questionado sobre o futuro e uma eventual saída do campeonato brasileiro. O treinador frisou sentir-se “muito feliz” no Botafogo e afirmou que é mais difícil ser campeão no Brasil do que num dos ‘três grandes’ de Portugal.
“Tenho tentado abstrair-me um bocadinho de tudo isso [propostas de outros clubes], porque o meu foco, a minha ligação e o meu compromisso para com o Botafogo são a minha realidade. No meu pensamento, está poder dar o meu melhor e pensar no Botafogo”, reforçou.
Ainda assim, o treinador admitiu que “há propostas” de outros clubes. “O meu futuro é ter contrato com o Botafogo até dezembro de 2025. Em janeiro, vamos ver aquilo que vamos decidir e começar o nosso trabalho para a próxima temporada. Um regresso a Portugal? Isso é muito difícil acontecer nesta altura, não passa por aí o meu futuro imediato uma vez que até à data não é daí que têm vindo os contactos com o meu agente. Se recebi algum convite de Portugal? Convite, não”, sorriu, admitindo apenas “alguns contactos mais informais”.
Questionado sobre se as conquistas no Brasil lhe dão a certeza que, a médio prazo, está capaz de assumir um projeto num dos ‘três grandes’ de Portugal, Benfica, FC Porto ou Sporting, responde “seguramente”, notando que ganhar um ‘Brasileirão’ e uma Libertadores na mesma temporada “é uma demonstração de competência”.
“Acho que isto só é uma confirmação de um trabalho. Por vezes, nós temos que nos pôr à prova e que nos desafiar em contextos diferentes e eu arrisco-me a dizer que é muito mais difícil ser campeão no Brasil, no Botafogo, do que em qualquer um dos ‘três’ aqui em Portugal. Não tenho dúvidas nenhuma disso, porque a competitividade do campeonato é muito diferente e mais exigente”, disse.
c/ Agência Lusa
