“A minha marca não vai ser nunca apagada na história do SCB”

Artur Jorge está em Portugal para descansar depois de duas conquistas históricas alcançadas ao serviço do Botafogo, mas concedeu uma entrevista ao jornalista Guilherme Soares, da Agência Lusa em Braga. O treinador do Botafogo reconhece que não pode gastar energias a pensar em quem não gosta ou não quer reconhecer o seu trabalho ao serviço do Sporting Clube de Braga, clube que deixou para partir para a aventura no Brasil numa evidente mágoa com o presidente António Salvador.
Artur Jorge vinca que a marca que deixou no SCB “não vai ser nunca apagada (…) com muitos dados que vão ser difíceis de bater”. “Não posso desgastar energia em relação àqueles que possam gostar mais ou menos de mim. A minha marca tenho a certeza que não vai ser nunca apagada da história do SCB. São dois terceiros lugares, o primeiro de forma interina, é uma presença na fase de grupos da Champions, é um título conquistado, são os melhores registos da história do clube em termos de pontos conseguidos, de vitórias, de golos marcados”, detalha.
Com os títulos conquistados não faltaram elogios, mensagens, telefonemas de muitas personalidades, incluindo o Presidente da República e de muitos responsáveis no futebol português, além de contactos diretos na rua com os cidadãos. Confessa que é de todos esses que guarda na memória. “Honestamente não tenho reservado nenhum espaço para aqueles que não o fizeram”, confessou. Quando questionado sobre se António Salvador o contactou, demorou alguns segundos até responder, mas admitiu que não o fez, notando também que “não tinha que o fazer”.
Ainda sobre a saída do SCB, acrescentou: “Acho que houve algumas manobras, alguns ‘fait-divers’, que acabaram por distorcer tudo aquilo que é a minha relação e o sentimento que tenho para com o Braga e que devia ser recíproco também”.
Esta terça-feira, aquando da condecoração do Presidente da República com o grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique, no Palácio de Belém, afirmou que é “um motivo de grande orgulho”.
O treinador natural de Braga agradeceu o reconhecimento, admitindo que “é muito importante fazer parte de uma elite naquilo que é acrescentar e elevar, uma vez mais, a marca de Portugal e o seu símbolo de qualidade, no caso concreto, ao futebol”.
Ainda em entrevista à Agência Lusa, a propósito de um eventual regresso ao campeonato português, não fechou a porta a um dia treinar clubes como FCP, Sporting ou Benfica.
