O voluntariado na Braga Capital Portuguesa da Cultura não tem idade

Arnaldo, Kátia e Diana fazem parte da equipa de 103 voluntários que vão acompanhar as atividades da Braga’25 durante os próximos meses. O programa de voluntariado recebeu 186 inscrições por parte de pessoas de diferentes faixas etárias.

Arnaldo Sanches tem 73 anos e vive em Braga há quase 50. Aos microfones da RUM confidencia que a idade é “apenas um número no cartão de cidadão” e espera “ajudar no que puder”. “Nunca tinha feito voluntariado para um evento desta natureza, portanto foi um bocado até para ter mais conhecimentos sobre a cidade. Uma pessoa está, muitas vezes, alienada do que se passa dentro de uma cidade e, neste momento, tem que se estar em cima dos acontecimentos”, conta.

Kátia Dalpiaz mudou-se para a cidade dos arcebispos há um ano e meio com o marido. Oriunda do Brasil, mais especificamente do Rio Grande do Sul, já soma algumas experiências de voluntariado na cidade de Braga e admite sentir-se “muito responsável” pela comunidade a que pertence. “O voluntariado é uma mão dupla. Fazer o bem é bom, e receber um sorriso é maravilhoso”, destaca.

Com 20 anos, Diana Yadlos acredita na importância de os jovens desenvolverem as competências sociais e espera poder conhecer pessoas de culturas diferentes. Jáfazia parte de um outro projeto da Braga’25 e, portanto, quando surgiu a oportunidade de voluntariado, decidiu inscrever-se. “Acho que esta experiência vai-me dar a conhecer pessoas novas. Hoje em dia é necessário ter esta parte das soft skills, da comunicação, da criatividade, do pensamento crítico, da empatia”, adverte.

A faixa etária mais representada entre os voluntários é dos jovens entre os 18 aos 25 anos, com 49 inscritos, mas há também adolescentes e adultos de todas as idades, incluindo 15 inscritos com idades entre os 66 e os 75 anos.


“Há tarefas muito diferentes, achamos que havia a necessidade de criar quatro perfis diferentes”


Dentro do grupo de voluntários, as pessoas subdividem-se em quatro perfis: coordenador de pessoas voluntárias, comunicador, produtor e assistente. De acordo com os dados da responsável pelo voluntariado, Cláudia Cibrão, há 10 coordenadores, 26 comunicadores, 22 produtores e 44 assistentes.

O comunicador, “naturalmente, terá funções mais associadas à distribuição de merchandising e flyers, colocação de cartazes, acompanhar uma equipa de fotógrafos ou videógrafos e fazer um bocadinho de host para artistas ou agentes culturais”.

Para Cláudia Cibrão, o produtor é “aquele que está um bocadinho a ajudar as equipas, os recursos pagos, a pôr tudo em andamento”. “Há muitas tarefas associadas, desde ajuda em caterings, acompanhamento de artistas, tudo o que envolve a produção”, explica.

Já os assistentes são “os que dão a cara em primeiro lugar, os que estão na rua a dar informações, os que fazem orientação de públicos num concerto. São o primeiro rosto que o público geral irá ver da Braga 25”, acrescenta.

“Temos desde os jovens a pessoas mais séniores em qualquer um dos perfis, o que é muito interessante. Vamos ter comunicadores jovens que estão mais ligados às redes sociais e que nos poderão dar um apoio muito mais direto, mas também temos um senior que poderá trazer toda a sua experiência e ajudar no passa a palavra, uma forma de passar informação mais tradicional, digamos assim”, admite Cláudia Cibrão.

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Maria Carvalho
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