Dança contemporânea invade escolas públicas de Braga
Ultrapassar a linha entre a sala de aula e o palco, através de residências artísticas. É com este mote que a Escola de Dança Arte Total pretende levar dança contemporânea a escolas públicas de Braga, entre fevereiro e março, semanalmente.
Para 2025, o projeto, que começou na EB1 do Carandá com alunos do primeiro ao quarto ano, passa a abranger também crianças do primeiro ao terceiro ano da EB1 do Fujacal. A iniciativa decorre durante o horário de aulas e conta com a participação de professores e outros funcionários das escolas, segundo a professora da Arte Total, Gabriela Barros. Integradas no projeto CALL (Conexões Artísticas Ligadas em Laboratório), a iniciativa pretende “criar uma nova geração de públicos para a dança”.
Gabriela Barros adianta que, este ano, os estudantes do quarto ano da EB1 do Carandá vão reconstruir, ao final da residência, em março, a peça ‘Clementina / Entre’, da companhia, “com a interpretação e as perspetivas que eles têm acerca exatamente dos mesmos assuntos”, sob a direção coreográfica de Carolina Vieira e música original de Pedro Lima.
Desde 2018, conseguiram, segundo a responsável, ultrapassar certos preconceitos entre os mais pequenos para que percebam o que “é ballet”, qu enão é apenas para meninas e que “dançar não é só isso”. “Agora todos gostam e querem participar, que é o mais importante”, refere.
Inserido no programa ATLAS – Mediação Cultural do Município de Braga, a professora destaca que esta iniciativa pretende chegar a um maior número de escolas do concelho e “não só com dança”, com desenho, música e teatro.
