Milhares de pessoas protestaram em Madrid pelo direito à habitação e contra a especulação

Milhares de pessoas manifestaram-se hoje no centro de Madrid pelo direito à habitação e contra a especulação imobiliária, e para exigir soluções para a falta de oferta e para o elevado custo das casas.
Convocados pelo movimento Hábitat 24, uma plataforma composta por quase 40 coletivos de habitação, bairros, ambientalistas, grupos de defesa dos direitos humanos, políticos, sindicalistas e sociais, os milhares de manifestantes caminharam, sem incidentes, no centro de Madrid, pelos passeios do Prado e Recoletos de Atocha a Cibeles e da rua Alcalá até à Puerta del Sol.
Em declarações aos meios de comunicação social antes do início da marcha, a líder do Más Madrid e ministra da Saúde, Mónica García, lembrou que as competências em matéria de habitação são da responsabilidade das comunidades autónomas.
A este propósito, Mónica García dirigiu-se, especificamente, à presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, referindo que, “vivendo numa cobertura que é supostamente paga por comissões que vêm do Grupo Quirón [grupo espanhol de prestação privada de cuidados de saúde], é difícil ver a natureza global do problema”.
Sob o lema “Habitação digna e sustentável, já!”, a marcha realizada este domingo em Madrid foi convocada na ausência de medidas por parte das administrações que resolvam “no curto prazo” a falta de acesso a uma habitação digna, situação que consideram ser “uma emergência habitacional”.
Lusa
