‘Ponto Cruz’ quer dar nova vida a roupas e promover a inclusão de idosos e desempregados

Garantir a inclusão social de idosos e desempregados de longa duração, com mais de 50 anos, e dar nova vida para as roupas doadas à instituição. Este é o objetivo do projeto ‘Ponto Cruz’, promovido pela Juventude Cruz Vermelha de Braga, que foi apresentado esta quarta-feira, na sede da entidade em Braga.

Realizado em três etapas, com previsão de início para o mês de março, o projeto pretende evolver 40 voluntários para a produção de cerca de 200 peças. Para 2025, o ‘Ponto Cruz’ conta com o apoio da ‘Fundación Moeve’, após a iniciativa ter conquistado os Prémios ao Valor Social, promovido pela empresa.

A coordenadora da Juventude Cruz Vermelha de Braga, Vera Lima, aponta que a iniciativa pretende “retirar algumas pessoas que possam estar mais isoladas da sociedade ou que não tenham atividade profissional” para doarem o seu tempo e ter “alguma aprendizagem”. A ideia, aponta, surge de experiências que tiveram na loja da instituição, ‘Ponto Vermelho’, em que algumas pessoas deixavam de levar roupas por “não estar bem à medida”. “A peça, às vezes, acaba por ir para a reciclagem, em vez de ser reutilizada e que se poderia manter se tivesse um pequeno arranjo e se fosse totalmente transformada”, refere.

A primeira fase, realizada entre março e junho, vai oferecer cerca de 15 workshops de costura, bordado, customização de roupa e reciclagem de roupa, ministrado por profissionais, “com todo o material necessário disponibilizado pela Cruz Vermelha”, adianta a responsável pelo projeto Catarina Calheiros, além de cursos de competências sociais, trabalho em equipa e autonomia. Entre julho e setembro, ressalta que já é esperado que os voluntários realizem um trabalho mais autónomo, em que podem trabalhar tanto nas antigas instalações da Cruz Vermelha e também na loja ‘Ponto Vermelho’. Já os produtos vão ser comercializados entre o meses de outubro e dezembro.


Para o presidente da delegação bracarense da instituição, Júlio Faceira Guedes, o projeto “procura trabalhar os desafios que se colocam de um envelhecimento ativo”, além de garantir a economia circular e reduzir o desperdícil têxtil. Ainda transforma “cada peça em única”. 

Durante a apresentação do programa, algumas voluntárias já puderam realizar a inscrição para o ‘Ponto Cruz’. Aos microfones da RUM, Maria Teresa Silva confidencia que por ser “uma desempregada de longa duração”, aos 57 anos, fica mais difícil arranjar emprego. Por isso, viu na iniciativa uma possibilidade de aprender um novo ofício e de produzir peças “totalmente diferentes, às vezes, com uma pequenina diferença”. Já Ana Carneiro, sublinha que esta é uma oportunidade para ocupar o tempo e para ajudar a “dar algum rendimento à Cruz Vermelha”, finaliza.

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Marcelo Hermsdorf
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Jornalista na RUM

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Sara Pereira
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