Greve dos trabalhadores de limpeza condiciona funcionamento do Hospital de Guimarães

Os trabalhadores da limpeza do Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, estão, esta quarta-feira, a cumprir 24 horas de greve. Esta manhã, entre as 9h30 e as 12h30, concentraram-se à porta daquela unidade hospitalar em protesto pelo incumprimento do contrato coletivo de trabalho por parte da empresa Sá Limpa, responsável pela limpeza do espaço. 

Carla Pinheiro, do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas (STAD), assegurou à RUM que a adesão à greve ronda os 90%. “De 70 trabalhadores que entravam de manhã, entraram seis. Contamos com uma adesão de 90%, o turno da tarde é ainda mais unido e está aqui todo”, enumerou. 

Segundo a dirigente sindical, o impacto da greve “pode levar ao adiamento de cirurgias.” “Há utentes que vão às casas-de-banho e estão imundas, os blocos podem parar, nos internamentos só estão a tirar lixos, não dá para mais”, especificou.

Os trabalhadores falam em vários incumprimentos. “Há descontos ilegais, os trabalhadores têm direito a 12 horas por ano para ir à escola às reuniões dos seus filhos, trazem a declaração e não pagam. Há incumprimento no subsídio de férias, três dias de majoração que têm por não faltar e não são dados. Há 17 horas para informação sindical, os trabalhadores tiveram plenário no final do ano, foi-lhes descontado e considerado injustificado”, disse ainda Carla Pinheiro, assegurando não ter conhecimento de serviços mínimos.


“A diretora de serviço esteve cá às sete da manhã e ficou muito admirada por ver que só estão seis trabalhadores. Isto é uma responsabilidade da empresa Sá Limpa, que não cumpriu o que tinha de cumprir com a administração deste hospital”, apontou. 


A RUM tentou contactar a administração da ULS Alto Ave, para já, sem sucesso, mas à Agência Lusa, foi garantido que o hospital iria assegurar os serviços mínimos.


“Não queremos estar aqui, mas a Sá Limpa tira-nos tudo o que pode” 

À RUM, Lurdes Machado, funcionária de limpeza do hospital, explicou a motivação do protesto: “não queremos estar aqui, mas a Sá Limpa tira-nos tudo o que pode”. 


Se os pressupostos não forem cumpridos pela empresa responsável pela limpeza da unidade de saúde, as ações dos trabalhadores não ficarão por aqui. “Isto foi só o início. Daqui para a frente, se não nos mandarem o recibo especificado, se nos tirarem subsídio de refeição e a majoração, vamos continuar. Trabalhamos o ano inteiro, se não faltarmos temos direito a 25 dias de férias. Por duas horas de plenário a 24 de dezembro já nos queriam tirar um dia de férias”, contou ainda a funcionária. 

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Ariana Azevedo
Ariana Azevedo

Jornalista na RUM

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