Há aterros que podem esgotar-se em dois anos, adverte Governo

O secretário de Estado do Ambiente advertiu hoje que dos 35 aterros existentes no país apenas 13 têm capacidade disponível superior a 20% e que alguns podem esgotar-se em dois anos se não houver medidas urgentes.
Emídio Sousa falava em Lisboa na apresentação de um plano de ação para os resíduos, uma questão que considerou urgente tratar e para a qual há uma estimativa de investimentos até 2030 de 2,1 mil milhões de euros, 700 mil dos quais resultantes dos vários programas de financiamento.
A apresentação do plano TERRA, Transformação Eficiente de Resíduos em Recursos Naturais, foi feita no Ministério do Ambiente e Energia, com a ministra, Maria da Graça Carvalho, a recordar que em Portugal se produzem anualmente 5,338 milhões de toneladas de resíduos urbanos, mais do que produzem países como a Itália, Países Baixos ou Espanha.
E que 59% desses resíduos vão para aterros, o que não só compromete a capacidade de resposta como afasta o país das metas europeias, de no máximo 10% dos resíduos irem para aterro até 2035.
Emídio Sousa, explicando a situação no continente em termos de aterros, disse que em regiões como o Algarve, Norte e Lisboa e Vale do Tejo a capacidade de deposição pode esgotar-se até 2027, se não forem tomadas medidas urgentes, e salientou que a expansão dos aterros enfrenta resistência das populações, tornando difícil a construção de novas estruturas.
LUSA
