Ministro afirma que bom sistema de ação social fará com que alunos percam o foco na propina

Um “bom sistema de ação social” pode fazer os estudantes “perder o foco na eliminação das propinas”.

É a convicção do ministro Fernando Alexandre, ele que esta segunda-feira, à saída da reunião com dirigentes estudantis, manifestou convicção na implementação de medidas com que se tinha comprometido, caso a Aliança Democrática volte a vencer as eleições legislativas antecipadas, em maio.

Aos jornalistas, notou que a questão da abolição das propinas esteve longe de dominar a reunião. “Estamos muito comprometidos com a revisão da ação social no ensino superior, esperamos poder fazê-la para o próximo ano letivo, baseada num estudo que está a ser feito e que de facto garanta essas condições. E, por isso, a propina é uma das partes do custo, tem sobretudo a ver com o modelo de financiamento do ensino superior e é assim que olhamos para o problema. Mas confesso que não foi um tema aqui muito discutido”, disse.

Já sobre o alojamento, na ótica do governante, tem de ser pensado para além da ação social por parte das universidades, convicto de que os responsáveis das instituições de ensino superior públicas já começam a “perceber que o alojamento tem de ser pensado para além da ação social”. Sobre o Plano Nacional de Alojamento no Ensino Superior (PNAES), admite que “continua um pouco atrasado” com alguns projetos que “preocupam” e outros que depois de atrasos conseguiram recuperar. Por enquanto, estão concluídas mais de duas mil camas, mas o compromisso passa por disponibilizar 18 mil camas. Recorde-se que só no caso da Universidade do Minho, juntando as residências universitárias da Confiança e da antiga Escola de Santa Luzia são aproximadamente mil novas camas. “Há muitas residências a serem concluídas. Estamos a entrar num período eleitoral mas haveria muitas inaugurações a fazer nos próximos meses”, acrescentou, recordando ainda que o governo lançou mais um aviso para 400 novas camas.