AEMinho aplaude linhas gerais do programa de Governo, mas pede mais ambição
A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) vê com bons olhos as propostas do novo programa de Governo para a legislatura que agora começa, elogiando especialmente as medidas relacionadas com empresas e condições de trabalho. No entanto, a associação defende que é necessário ir mais longe em algumas áreas.
Ramiro Brito, presidente da AEMinho, destacou como particularmente positiva a proposta de redução do IRC para empresas que aumentem os salários dos seus trabalhadores. “Reconhecemos e louvamos o arrojo e a coragem do Governo nesta matéria”, afirmou, sublinhando que esta medida incentiva o crescimento económico e melhora o poder de compra das famílias.
A associação defende também uma revisão profunda da legislação laboral, com vista a maior flexibilização e combate à precariedade, incentivando uma relação mais equilibrada entre empregadores e trabalhadores. Para isso, propõe a criação de um grupo de trabalho com representantes políticos, empresariais e laborais.
Outra sugestão avançada pela AEMinho diz respeito à regulamentação das greves. Embora reconheça a importância deste direito, critica a sua banalização e propõe que as greves não possam ser convocadas em dias imediatamente próximos de fins de semana ou feriados, como forma de garantir maior impacto e legitimidade.
A associação termina reiterando a sua disponibilidade para colaborar com todas as entidades comprometidas com o desenvolvimento económico e social do país, considerando que o programa de Governo “dá passos importantes nesse sentido”.
