150 horas de estudo para exame valeram a estudante da UMinho uma das 161 bolsas de excelência

Ivan Sousa conseguiu terminar o 1.º ano da licenciatura em Economia com uma média de 19 valor, número que lhe valeu uma das 161 bolsas de excelência que a UMinho entregou recentemente aos melhores estudantes do ano letivo anterior. O mérito pode dar muito trabalho. No caso de Ivan, foram mais de 150 horas de estudo para o primeiro exame que teve o ano passado.
“Costumo preparar resumos e costumo fazer resoluções de exercícios, também para poder ajudar os meus colegas”, disse em entrevista à RUM.
A bolsa de excelência tem o valor da propina e esse valor, além do reconhecimento, pode ser importante para os jovens se começarem a “emancipar”, completa Tiago Cunha, o melhor aluno do 4.º ano de Engenharia Mecânica.
“Esta distinção motiva os alunos a continuar a crescer, a dar o melhor de si, porque é tudo em prol do nosso futuro”, acrescentou.
Sandra Matias, aluna do 5.º ano de Medicina, admite que é difícil conciliar “as aulas, o período de estágio e muitas avaliações”. “O facto de sermos reconhecidos acaba por ser um conforto de tanto tempo que dedicámos e do nosso esforço”, acrescentou.
Tiago estuda, em média, diariamente, duas horas depois das aulas. O esforço parece compensar até porque, na sua opinião, “os alunos precisam de um incentivo, para continuarem a ter motivação”.
UMinho já investiu mais de 1,5ME na atribuição de bolsas de excelência
Desde 2012, a UMinho já investiu mais de 1,5 ME na atribuição destas bolsas de excelência. “O nosso objectivo é mesmo fazer publicamente um reconhecimento daqueles estudantes que se destacaram pela qualidade dos seus percursos académicos e, de certa forma, elegê-los como exemplo a seguir pelos outros colegas”, aponta o reitor Rui Vieira de Castro. O responsável enaltece ainda o papel “da própria instituição, que é capaz de criar condições para favorecer esses percursos de grande qualidade”. A qualidade made in UMinho, acrescenta o reitor, dará “um contributo importante para o desenvolvimento da região e do país”.
Hêrnani Gerós, vice-reitor com a pasta da Educação, lembra que estas bolsas são “um incentivo aos estudantes a continuarem focados naquilo que são os seus estudos”. “É também um reconhecimento do mérito da nossa capacidade formativa”, disse ainda.
O presidente da Associação Académica, Luís Guedes, explica que muitos destes estudantes de mérito estão também envolvidos na vida da academia, seja através do “voluntariado, estruturas associativas, desportivas ou culturais”. “A UMinho acaba por dar um reconhecimento muito necessário e acho que elevam a outro nível aquilo que é o percurso destes estudantes, que efetivamente se destacam no âmbito académico”, referiu ainda.
Além das 161 bolsas de excelência entregues pela UMinho, a cerimónia da entrega de prémios contou ainda com a atribuição de 39 bolsas de estudo por mérito do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, para estudantes da UMinho com aproveitamento excecional em cada ano curricular, com média ponderada igual ou superior a 16 valores.
