BragaHabit ajudou 2.500 famílias no último ano e tem 550 em lista de espera

A BragaHabit ajudou 2.500 famílias, no último ano, em linha com os números de 2023. A empresa municipal assinala, este sábado, o 26.º aniversário, com o lançamento do livro “BragaHabit – 25 anos, 25 histórias: As entrevistas dos protagonistas”, que resulta do podcast comemorativo emitido, em 2024, pela Rádio Universitária do Minho, onde foram dados a conhecer testemunhos que ilustram a diversidade e o trabalho desenvolvido pela empresa.
A habitação está no centro do debate político e é um dos mais problemas que a sociedade enfrenta. “Foi um ano muito desafiante, temos vindo a trabalhar o desenvolvimento desta componente, quer na vertente do acesso, quer na vertente das condições habitacionais, quer na vertente da valorização dos habitats”, apontou o administrador da BragaHabit, Carlos Videira.
Através dos apoios promovidos pela empresa municipal, tem sido possível “melhorar as condições habitacionais, seja através da reabilitação do parque habitacional ao abrigo do programa 1.º Direito, mas também em habitação privada de pessoas vulneráveis, através do Programa Municipal de Combate à Pobreza Energética e o Braga Sol, que viram, inclusive, os seus critérios alargados para poderem chegar a um conjunto mais alargado de pessoas”.
A Assembleia de Moradores e o Viva o Bairro foram projetos reconhecidos internacionalmente, pela Comissão Europeia e pela secretaria-geral Ibero-Americana.
A celebração do 26.º aniversário da BragaHabit terá lugar, este sábado, às 11h00, no Museu D. Diogo de Sousa, em Braga.
Há mais de 500 famílias em lista de espera
Com atualização trimestral, a lista de espera por habitação será atualizada nas próximas semanas. “Estamos com cerca de 550 famílias a aguardar uma habitação em regime de arrendamento apoiado”, denotou Carlos Videira. O administrador explica, no entanto, que esse número “não significa que sejam pessoas que estejam sem qualquer tipo de apoio habitacional”. Segundo o responsável, muitas destas pessoas “já estão integradas em outros regimes de apoio da BragaHabit”. “Cerca de metade estão no subsídio ao arrendamento, existem algumas pessoas que estão em residência partilhada, mas que gostariam de ter uma solução mais autónoma. Uma das dificuldades, à qual será necessário da resposta no futuro, está relacionada com as tipologias. Estão na lista de espera 245 famílias de uma ou duas pessoas e, portanto, esperam pela possibilidade de ter um T1, que é precisamente a tipologia que nós temos menos oferta”, apontou o responsável.
Carlos Videira alerta para a necessidade de, no futuro, “adaptar a resposta, para corresponder a um tipo de procura que é muito diferente daquele que se registava há alguns anos”.
O número de famílias em lista de espera era, no início do ano de 2024, de 423. No espaço de aproximadamente um ano e meio, o número aumentou para as 550, ou seja, mais cerca de 130. Segundo o administrador da empresa municipal, “as pessoas, sabendo que a lista de espera é, por norma, um processo demorado, mesmo tendo uma solução estável, com receio de não terem no futuro, acabam por fazer a sua inscrição de forma preventiva”.
