Jovens que não trabalham nem estudam no valor mais baixo em 14 anos 

É o valor absoluto mais baixo desde que existem dados estatísticos disponíveis. O número de jovens entre os 16 e os 34 anos que não estão empregados, em educação formal ou em formação atingiu, no segundo trimestre deste ano, a cifra mais baixa da quase última década e meia, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) do último inquérito ao emprego.

Entre abril e junho, foram contabilizados 175,7 mil jovens “nem-nem”. Os dados do INE permitem desagregar as duas faixas etárias: dos 16 aos 24 e dos 25 aos 34 anos. No primeiro grupo, encontravam-se 65,1 mil pessoas, um valor substancialmente inferior à faixa etária seguinte, dado que é neste universo que se encontram os jovens ainda no período da escolaridade obrigatória. Dos 25 aos 34 anos, estavam registadas 110,6 mil pessoas.

Os dados históricos consultados pelo Negócios mostram que é preciso recuar até ao segundo trimestre de 2019 para ter um valor mais baixo: 187,9 mil pessoas. O máximo foi atingido em pleno período da troika, entre julho e setembro de 2012, quando se encontravam nesta situação 449 mil jovens.

Estes valores surgem num momento em que o nível de emprego atinge sucessivos máximos na série iniciada em 2011. De resto, os últimos trimestres já mostravam esta tendência, com a entrada de mais jovens no mercado de trabalho que estará relacionada também com a imigração. A autoridade estatística nacional explica, aliás, que o maior contributo para o aumento homólogo do emprego neste período de primavera e início de verão foi dado por pessoas dos 25 aos 34 anos, com ensino secundário ou pós-secundário, empregados no setor dos serviços (incluindo comércio, transportes e alojamento e restauração) por trabalhadores dependentes, a tempo completo e com contrato sem termo.

O universo de jovens “nem-nem” difere do que é considerado para a taxa de desemprego jovem, em que são ponderadas na contabilização as pessoas entre os 16 e os 24 anos, ficando de fora o grupo etário seguinte. Olhando apenas para este agregado – entre 16 e 24 anos – verifica-se que o nível de emprego continua em patamares elevados acima dos 30%, mesmo assim, cerca de metade do emprego total, correspondendo a pouco mais de 300 mil pessoas.

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