Ministra da Saúde. Diplomas para negociar com sindicatos urgências regionais prontos ainda este mês

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, revelou esta quarta-feira que os diplomas para negociar com os sindicatos dos médicos e enfermeiros a matéria das urgências regionais estarão em cima da mesa na terceira semana de outubro.

“As urgências regionais, em primeiro lugar não são só para obstetrícia e ginecologia, vão ser também para outras especialidades (…)”, afirmou a governante em declarações à margem do 3.º Congresso Nacional da Distribuição Farmacêutica, sublinhando que as urgências regionais são um imperativo por falta de recursos humanos.

Confrontada com os constantes constrangimentos nas urgências, sobretudo na obstetrícia, a ministra disse que seriam necessários “mais do dobro dos profissionais” – médicos e enfermeiros especialistas – a trabalhar em tempo completo no Serviço Nacional de Saúde para garantir as urgências, sublinhando que “essas pessoas não existem mesmo”.

“Mesmo que todos os obstetras que trabalham em Portugal, no setor público e privado – uma grande parte está no privado – de repente viessem para o setor público, o que não vai acontecer, como nós sabemos, (…) nós não conseguiríamos deixar de fazer urgências regionais”, afirmou.

Sobre o bebé que nasceu, no sábado, na receção da urgência do Hospital Santos Silva, na Unidade Local de Saúde Gaia/Espinho (ULSGE), a ministra disse que uma situação como esta não pode deixar ninguém descansado, mas sublinhou que “o hospital tem os mecanismos que já foram acionados para fazer o reporte daquilo que aconteceu objetivamente”. Lembrou igualmente que a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) já abriu um processo. “É óbvio que nós também não podemos passar o nosso tempo em inquéritos e processos. O que nós queremos é que o Serviço Nacional de Saúde funcione e funcione bem”, disse.


Ana Paula Martins escusou-se a fazer mais comentários sobre esta matéria, dizendo não conhecer a realidade toda. “Não sabemos em que situação é que a senhora chega à urgência, não sabemos como é que foi feita a triagem. Não sabemos exatamente, a verdade é esta”, concluiu.

LUSA

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