Trabalhadores da AGERE entregam pacote de reivindicações à Câmara de Braga

Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) reuniram na manhã desta quarta-feira com o presidente da Câmara de Braga a quem entregaram um documento reivindicativo dos trabalhadores da AGERE. Depois de um plenário realizado à porta da empresa municipal, aproximadamente uma centena de trabalhadores deslocaram-se até à porta da autarquia em bloco.

Aos jornalistas, após o encontro com João Rodrigues, o sindicalista, Vasco Santana, apontou que a principal solicitação dos trabalhadores é o pagamento do suplemento de insalubridade, penosidade e risco que não está a ser aplicado pela empresa, uma vez que a AGERE entende “não ser possível neste momento”, o que vai na contramão do entendimento do STAL, que considera que deve “ser efetuado de forma imediata”. O representante sindical alerta que já é realizado pela empresa e pela autarquia a outros trabalhadores.

Outro ponto que está “em cima da mesa”, sublinhou, é a aplicação do seguro de saúde a todos os trabalhadores e o reconhecimento das tabelas da Administração Pública para os trabalhadores em regime de cedência de interesse público. O sindicalista denunciou também que há outras “situações pontuais de locais de trabalho em que não há condições mínimas para as pessoas desempenharem as suas funções”.

Do lado da autarquia, o presidente João Rodrigues revelou que foi uma “reunião serena, simpática” de “introdução aos temas”. “Não estamos a governar contra ninguém”, ressaltando que está aberto a escutar as reivindicações.

O autarca avançou que vão ser analisadas os pontos apresentados e “perceber dentro daquilo que é lógico” e as opções que são dadas à Câmara, o que é possível fazer. Sobre o suplemento de insalubridade, “do ponto de vista político, sociológico”, admitiu que é “justo” que “seja atribuído a determinadas categorias de trabalhadores”. “Neste momento, o parecer que temos é que não devem ser atribuídos, mas um parecer não é lei, é um entendimento acerca da lei”, referiu.

Após a reunião, ficou acordado um novo encontro, daqui a duas semanas, para conhecer o posicionamento da autarquia bracarense. Vasco Santana acrescentou que será realizado um plenário de trabalhadores para apresentar o que ficou acordado. Neste momento, não há previsão de greve, porém o representante sublinha que o que “se nota é que os trabalhadores não vão, como é evidente, ficar descansados enquanto algumas destas matérias não ficarem resolvidas”.

O Acordo de Empresa entre sindicatos e a empresa municipal vai ser revisto no próximo ano


Em 2020 a AGERE, a Braval, o STAL e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP) assinaram um Acordo de Empresa que, para além da tabela de remunerações, estabeleceu as progressões nas carreiras e incluiu a atualização das vertentes operacionais.

Após duas revisões pontuais do acordo, Vasco Santana ressaltou que, como obriga a lei, vai haver uma nova negociação para a revisão na íntegra do documento, “para adaptar-se a uma nova realidade”. O que pode solucionar a questão do subsídio, que conta “com alguma abertura do presidente bracarense para ser integrado neste acordo”, rematou.

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