ULS Braga pioneira na cirurgia robótica do joelho no Serviço Nacional de Saúde

A Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga realizou, ontem, a sua primeira artroplastia total do joelho e duas artroplastias unicompartimentais com recurso ao sistema robótico CORI. No caso das artroplastias unicompartimentais, a intervenção foi a primeira deste tipo realizadas no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“A incorporação do sistema CORI traduz um investimento estruturante na modernização da prática cirúrgica e reforça o posicionamento da ULS Braga enquanto instituição comprometida com a integração de tecnologia de ponta ao serviço da decisão clínica e da execução operatória”, diz, em comunicado, a ULS.
A plataforma robótica permite “uma abordagem altamente precisa, favorece o equilíbrio protésico e potencia percursos de recuperação mais eficazes, alinhando a atividade assistencial com padrões internacionais de excelência, segurança e inovação”.
Segundo Nuno Tavares, Médico Ortopedista responsável pela Unidade do Joelho do Serviço de Ortopedia da ULS Braga, a cirurgia robótica representa um avanço significativo na personalização do tratamento. O especialista explica que este tipo de abordagem permite um posicionamento mais rigoroso dos componentes e um cálculo exato das suas dimensões, tornando possível “uma prótese mais adaptada ao doente que temos em mãos”.
Nuno Tavares sublinha ainda que o sistema robótico acrescenta uma camada adicional de segurança ao ato cirúrgico, ao impedir a execução de cortes ou perfurações fora das áreas previamente definidas, “o que reduz a margem de erro e torna o procedimento substancialmente mais seguro”.
O médico ortopedista destaca também a relevância desta tecnologia na obtenção de resultados mais consistentes e reprodutivos, independentemente do grau de experiência individual do cirurgião. Na sua perspetiva, a cirurgia robótica contribui para minimizar a dependência da intuição e da variabilidade técnica, promovendo maior previsibilidade clínica.
“O futuro passa inevitavelmente por aqui”, afirma ainda Nuno Tavares, acrescentando que a adoção desta tecnologia abre portas a novos procedimentos, técnicas e aplicações cirúrgicas. “Temos de acompanhar a evolução tecnológica e incorporá-la na nossa prática, para continuarmos a oferecer aos nossos doentes o melhor que existe a nível mundial”, reforça.
A equipa cirúrgica integrou três médicos ortopedistas, dois enfermeiros e um instrumentista, refletindo uma abordagem multidisciplinar altamente especializada.
