“A cidade não pode ficar igual depois da Capital Portuguesa da Cultura”

“A cidade não pode ficar igual depois da Capital Portuguesa da Cultura”. A convicção é de Luís Fernandes, diretor do Theatro Circo.
Em declarações à RUM, numa perspetiva para 2025 em que a cidade de Braga será capital portuguesa, sucedendo a Aveiro, Luís Fernandes considera que para lá da vasta programação habitual que a cidade já apresenta, há uma transformação a caminho com este título no novo ano. “[A Capital Portuguesa da Cultura Braga 2025] tem que deixar algum lastro, ainda que Braga seja uma cidade que tem, por norma, uma dinâmica cultural muito alta de há alguns bastantes anos para cá, a cidade não pode ficar igual”, argumenta. Luís Fernandes aponta que “pelo arrojo do programa há indícios de que isso possa acontecer” até porque “não é meramente um desfile de artistas que são apresentados consecutivamente”.
O diretor artístico do Theatro Circo realça também dinâmicas transformadoras que se antecipam, a partir da capital portuguesa da cultura, nomeadamente o “pensamento”, assim como projetos de construção “em áreas que nem sempre têm o seu espaço”. Entre os destaques de impacto e envolvimento da comunidade artística local, Luís Fernandes lembra que este título apresenta pela primeira vez um projeto [Todo o Terreno] em que estruturas locais podem apresentar propostas de programação, que foram apoiadas. “há uma série de dinâmicas que eu acho que vão, obviamente, deixar um lastro”. Notando que “as mudanças não são radicais nem são imediatas”, considera que as mesmas “vão sendo construídas para um enriquecemento da oferta cultural, do público e dos artistas”.
