“A coligação tem demonstrado impreparação para a gestão pública” – Artur Feio 

O presidente do PS Braga, Artur Feio, acusa a coligação Juntos por Braga, liderada por Ricardo Rio, de não estar preparada para a gestão pública e de “desconhecer a complexidade de processos administrativos”. Artur Feio considera que Ricardo Rio não acompanha o que se passa nos serviços camarários causando “um péssimo clima de instabilidade que depois se reflecte na cidade”.

Na noite desta terça-feira, em entrevista ao Campus Verbal, o líder socialista e vereador da oposição em Braga referiu que os serviços municipais “vivem insatisfeitos”, muito porque Ricardo Rio “não respeita” os funcionários camarários.”Veja-se as 40 horas semanais. Houve uma decisão do tribunal relativamente aos colaboradores do município, mas não houve relativamente aos das empresas municipais. Há uma forma pouco simpática de conviver com os problemas dos trabalhadores”, atira. Para o socialista, o autarca social democrata “está mais interessado em promover-se com vista a futuros voos do que com a própria gestão do concelho”.

Artur Feio vai mais longe e acusa o actual presidente de “pouca seriedade política”, apesar de muitas vezes ter criticado Mesquita Machado no passado. “Tem tiques autoritários, má convivência com as regras democráticas e desrespeita o papel da oposição”, detalha, dando o exemplo da recente visita às obras do Mercado Municipal, solicitada pelo PS. Na semana passada, Rio acompanhou os vereadores da oposição uma visita às obras, mas afirmou publicamente que a referida visita foi “um privilégio” concedido aos socialistas, apontamento que não agradou aos vereadores do PS. Feio referiu ainda outro momento recente, em que depois de criticar em sede de reunião de câmara a ausência de soluções para a Avenida Padre Júlio Fragata, alguns dias depois, a CMB enviou ao PS o documento.  “Vimos chegar um relatório da Avenida Júlio Fragata à comunicação social ao mesmo tempo que chegou aos vereadores”, avisou, considerando a atitude uma desvalorização do PS enquanto partido da oposição.

O socialista completa a crítica referindo que Ricardo Rio toma decisões que no passado criticou a Mesquita Machado”.


Entre obras realizadas mas “menos bem sucedidas”, os socialistas criticam as intervenções urbanísticas nas Zonas 30. “Serviram para “gastar dinheiro público e não resolver os problemas dos cidadãos”, nota.

Artur Feio lembrou ainda o contrato de gestão delegada da Agere, que todos aguardam “há sete anos”. “Em 2014 esta questão passou de muito urgente para não urgente”. A Agere continua a transferir “indevidamente” um proveito municipal para os parceiros privados, alerta. “São cerca de 6 ME por ano”, continua. 

Se regressar à gestão camarária em 2021, o actual líder socialista garante que o PS vai assumir que parte dos dividendos da Agere vai reverter directamente para os bracarenses. O socialista acusa ainda a administração da Agere de ter adiado um investimento necessário, a nova ETAR, apesar das “necessidades” da cidade. “Esperou por um financiamento público, a verdade é que a construção (da ETAR de Frossos) vai arrancar com um atraso de mais de cinco anos”, sustenta. “A ETAR lança inúmeras cargas no próprio rio Cávado e assiste-se a isto sem se tomar uma decisão. É muito tardia”, critica.


Artur Feio, vereador do PS, em entrevista ao programa Campus Verbal, defende que PS deve apresentar um candidato que conheça os problemas da cidade de Braga.

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Elsa Moura
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