“A mediação é indispensável na promoção de diálogos e na resolução de conflitos”

Cerca de 200 participantes de diversas nacionalidades debatem, até sexta-feira, a importância da gestão de conflitos e da busca pela paz, na Universidade do Minho. A nona edição do ‘Congresso Internacional para o Estudo da Mediação e do Conflito’ arrancou esta quarta-feira e vai contar com diversas tertúlias durante os três dias de evento.

‘Mediação e Construção da Convivência e da Paz’ é o tema central do congresso, que decorre no campus de Gualtar, em Braga, e no último dia passa também na Universidade Lusófona, no Porto, que surge como “uma plataforma de debate e partilha de soluções concretas para as constantes ameaças à paz, seja através das várias formas de violência que perpetuam a discriminação, a exclusão e a precariedade”, referiu o vice-reitor da UMinho, Eugénio Campos Ferreira.

Durante a cerimónia de abertura do congresso, o responsável destacou o trabalho realizado pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da universidade na busca do “papel da comunicação na mediação de conflitos e na promoção de uma cultura de paz”. Eugénio Campos Ferreira sublinhou ainda que “a paz vai muito além da ausência de um conflito bélico”.

Já a secretária de Estado da Justiça, Maria José Barros, destacou a existência dos Meios de Resolução Alternativa de Litígios e o trabalho realizado pelos mediadores. Sublinhou também a necessidade de “reconquistar a confiança dos cidadãos na justiça”, a que chamou de um “desafio que tem pela frente”.

A representante do Ministério da Justiça defendeu o “alargamento e modernização da rede de centros de arbitragem e de simplificar os procedimentos em causas de pequeno valor e de grandes litigantes”, o que diz ser uma das prioridades do governo. “Temos aqui uma oportunidade para construir um futuro onde a tecnologia contribua para um sistema centrado verdadeiramente nas pessoas”, referindo-se ao projeto de melhoria, especificamente, da plataforma ‘RAL + 2.0’, que visa permitir o acesso digital a resolução alternativa de litígios.

Também presente na abertura da nona edição do Congresso, a presidente da Federação Nacional de Mediação de Conflitos, afirmou que este pode ser um “momento de viragem” para a mediação. Célia Reis, ressaltou a necessidade de uma cooperação entre a academia e os mediadores, para que “verdadeiramente seja possível dar as mãos”. No mesmo sentido, a presidente da Conferência Internacional de Universidades para o Estudo da Mediação e o Conflito (CUEMYC), Letícia Villaluenga, apontou que as universidades “têm um compromisso com a paz social” e que precisam “ser um exemplo para fora”.

*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por  Vanessa Batista

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