A reabertura de fronteiras entre Portugal e Espanha. “Um dia de festa”

Três meses e meio depois, reabriram as fronteiras entre Portugal e Espanha. O momento foi assinalado pelos governos dos dois países, com pequenas acções em Badajoz e Elvas, na manhã desta quarta-feira e na presença do Rei Felipe VI, Marcelo Rebelo de Sousa e os chefes de Governo de Espanha e Portugal, Pedro Sánchez e António Costa.

Esta manhã o momento teve particular simbolismo para os governos dos dois países, mas sobretudo para as populações de Badajoz e Elvas, reconhe Daniel Martín, da Universidade de Extremadura. Em declarações à RUM explica que se trata de um passo “fundamental” para a população desta região, habituada a ir ao Alentejo, a Lisboa e a zonas de praia. 

“É um dia de festa porque temos um tráfego contínuo de gente que vem a Espanha e de muitas pessoas da Estremadura que vão ao Alentejo, a Lisboa, que desfrutam do turismo e da gastronomia portuguesa e que têm casas na praia. É um dia de festa para os espanhóis e para os portugueses”, explica.


Tal como em Portugal, a pandemia foi muito dura para o comércio local e para as pequenas e médias empresas. “A crise sente-se, sobretudo nos centros comerciais na fronteira porque o cliente português é um cliente habitual, nota-se sempre a presença de portugueses nas compras. E o mesmo em Elvas. Há uma relação muito grande e o encerramento da fronteira era um atraso económico”, conta.


Segundo Daniel Martín, o próximo fim-de-semana já será aproveitado por muitos espanhóis que “já fizeram reservas em Portugal para dar um passeio, aproveitarem a gastronomia  e divertirem-se”.

 A Universidade de Extremadura, com quatro campus distintos e 25 mil alunos também foi confrontada com a necessidade de fechar portas e de assegurar o ensino à distância. Segundo aquele responsável, a situação “foi muito parecida” em todos os aspectos. Por enquanto ainda está a ser estudada a reabertura no próximo ano lectivo, se será numa modalidade mista com o ensino à distância como prioritário. 

Esta primeira fase de ensino digital, assume, foi um desafio “difícil para muitos professores e para muitos estudantes com dificuldades de acesso à internet, outros com computadores sem câmera”.

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Elsa Moura
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