“A região tem sido claramente prejudicada pelo Estado central”

A UMinho vai continuar a defender uma ligação direta entre Braga e Guimarães e a disponibilizar o seu conhecimento na procura da melhor solução. Com a deslocação diária de alunos, docentes e investigadores entre as duas cidades para os pólos de Gualtar e Azurém, o reitor, Rui Vieira de Castro, lamenta que a instituição não possa ir mais longe nas suas ambições, cabendo às autarquias um maior poder reivindicativo nesta questão. 


Na noite desta terça-feira, em entrevista ao programa Campus Verbal, o reitor da instituição admitiu que a região continua a ser prejudicada pelo estado central, nomeadamente no que respeita à reivindicação antiga de uma ligação direta entre as cidades de Braga e Guimarães.


Rui Vieira de Castro garante também que a instituição não está indiferente ao que se passa na região e quer continuar a ouvir e a falar com todas as forças políticas para transmitir as preocupações e conhecer os projetos para a região.

Explicando que a Universidade do Minho mantém “relações fortíssimas com outros municípios” para além de Braga e Guimarães, o reitor avisa que a UMinho está “atenta e interveniente”, assim como disponível para falar “com todas as forças políticas”. Instalada maioritariamente nos campi de Gualtar e de Azurém, a comunicação entre as duas cidades “não é indiferente” à instituição que tem procurado contribuir para a evolução deste problema ainda que não tenha “um papel motor neste tópico”. Certo é que continuará a disponibilizar “conhecimento para ajudar a encontrar as soluções mais adequadas”, assegurou.

Rui Vieira de Castro é objetivo na análise: “a região tem sido claramente penalizada pelo Estado central”.

“Este é um problema que está identificado há muito tempo e é lamentável que de facto não tenha sido até agora possível encontrar uma solução que é relevante para a universidade e para as populações”, refere.

Sustentando que há várias propostas, “algumas delas com alguns anos”, Vieira de Castro afirma que a UMinho vai continuar a ter “total abertura para encontrar uma solução com os dois municípios”.

Com a recente reeleição dos dois presidentes de câmara nas cidades de Braga e Guimarães, Rui Vieira de Castro admite que “há condições para se prosseguir um trabalho em conjunto”. Aliás, o reitor da UMinho vai mais longe e defende abordagens “transmunicipais”. “Talvez seja tempo de passarmos para um outro nível de articulação. É tempo de posições de uma maior abertura para resposta a problemas que não podem ter uma resposta meramente local”, sugere.

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Elsa Moura
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