AAUM critica Governo por “indefinição” e “atrasos” sobre novo ano lectivo

O presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Rui Oliveira afirma estar “preocupado” com os dados avançados hoje relativamente ao número de pedidos de renovação de bolsa, que diminuiu em cinco mil face ao mesmo período do ano passado, mas “prefere acreditar” que o decréscimo “significativo” possa estar relacionado com a “indefinição actual no ensino superior”, em particular até há uma semana, quando poucas medidas se conheciam sobre o próximo ano lectivo.
“Actualmente as universidades ainda não esclareceram totalmente como vão ser os horários lectivos e há muitos estudantes a equacionarem se faz sentido ou não continuarem”, explica. Rui Oliveira avisa que o abandono do ensino superior “é um problema do país” o que pode “comprometer o futuro”.
O presidente da AAUM apela ao Governo que acelere o mecanismo de atribuição de bolsas de estudo, avisando que os Serviços de Acção Social das universidades “estão na linha vermelha”. “O Governo está a comprometer o futuro”, alerta.
Rui Oliveira defende que o Governo deve olhar para o Ensino Superior como “uma prioridade” e interpretar estes números como “um sinal de alerta”, criticando também que as recomendações da DGS tenham saído apenas em Agosto com as universidades a ficarem com pouco tempo para preparar o novo ano lectivo no interior dos campi.
O JN adianta na sua edição de hoje que até 12 de Agosto tinham sido submetidos 19 mil pedidos de renovação de bolsas, menos cinco mil face a igual período do ano transacto.
Mais uma vez, a AAUM apela aos estudantes em dificuldades e que ponderem abandonar o seu curso, que entrem em contacto com a associação, com a UMinho e com os Serviços de Acção Social. “Os estudantes em dificuldades que entrem em contacto para que seja possível encontrar soluções que os salvaguardem”, insiste. “O Ensino Superior tem que estar acessível para quem quer ingressar”, conclui.
