AAUM denuncia atraso na análise aos pedidos de bolsa
O processamento de bolsas de estudo na Universidade do Minho está “muito atrasado”, o que coloca em risco a permanência de muitos estudantes carenciados.
A denúncia é feita pela Associação Académica (AAUM) numa nota extensa enviada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, à Reitoria da Universidade do Minho e aos Serviços de Acção Social.
O número de alunos que este ano ingressou no ensino superior aumentou e o processo de análise dos serviços de acção social que historicamente já sofria atrasos, está a ser ainda mais difícil. A AAUM alerta que os Serviços de Acção Social da Universidade do Minho estão com dificuldades financeiras que impedem um reforço na contratação de recursos e, sem esses mesmos recursos, a análise aos milhares de pedidos torna-se ainda mais lenta. “Não podemos esperar dois, três ou quatro meses para que todos os alunos saibam o seu resultado de candidatura à bolsa”, critica Rui Oliveira, presidente da AAUM.
“Quando reunimos com a DGES alertamos para os problemas de anos anteriores e lembramos que este ano, pela situação económica e social que as famílias vivem, não podia haver atrasos na sua globalidade”, explica. Além disso, lembra, os Serviços de Acção Social “também estão com problemas financeiros graves, situação que impede a contratação de recursos humanos para ajudar a concretizar estes processos nas datas que todos gostávamos”.
O presidente da AAUM avisa que ter mais alunos nas universidades exige um acompanhamento. “Não é só preciso ter números, é preciso ter um sistema que aguente tudo isto, o que significa mais recursos”, continua.
Assumindo que os profissionais dos SASUM “estão a fazer um esforço enorme para responder”, lembra também que “só a vontade das pessoas não chega” exigindo uma resposta “rápida” da tutela.
A AAUM assume que vários alunos estão já a atravessar um momento crítico enquanto aguardam por apoios sociais essenciais para a sua permanência na Universidade do Minho.
