AAUM repudia comportamento discriminatório de grupo de estudantes

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) veio a público condenar os recentes acontecimentos protagonizados por “um grupo de estudantes da Universidade do Minho, publicados online e noticiados pela comunicação social”. No vídeo publicado pela comissão de praxe da licenciatura em Biologia e Geologia, os alunos aparecem com um pintura facial conhecida como ‘blackface’.


A AAUM vem assim juntar-se à posição já manifestada pela reitoria da instituição de ensino superior minhota que esta quarta-feira foi surpreendida. A UMinho garante que vai averiguar o alegado acto racista.


Reiterando que “não é responsável pela coordenação da actividade praxística, enquanto representante dos estudantes da Academia Minhota, a Direcção liderada por Rui Oliveira esclarece que “não poderia deixar de se pronunciar, lamentando o sucedido e afirmar o seu completo repúdio por todos e quaisquer comportamentos discriminatórios, que atentem aos valores do respeito, igualdade e dignidade humana”.

Defendendo os valores de uma Academia mais humana e inclusiva, a Associação que representa os estudantes da academia minhota lamenta o sucedido, realçando que “acredita que as atitudes discriminatórias presentes nos vídeos publicados não representam os valores defendidos pela comunidade académica minhota”. 


“A Universidade, enquanto instituição promotora de conhecimento, deve ser um espaço de valores humanistas, onde fenómenos e demonstrações deste tipo não podem, nem devem, em qualquer contexto, ter lugar”, pode ler-se no comunicado.


A Direcção aproveita o momento para reiterar que estas manifestações “vêm realçar a necessidade do debate sobre este tema e a importância da não banalização de quaisquer atitudes discriminatórias”. 


Assumindo que ainda é longo o percurso de erradicação de fenómenos de racismo e xenofobia dentro das comunidades, a Direcção da AAUM compromete-se a “colaborar activamente na sinalização, prevenção e denúncia destes casos”.


“Diz não ao racismo. Diz não à banalização de qualquer tipo de discriminação. Contacta-nos se foste vítima ou testemunha de qualquer tipo de fenómeno deste tipo. Juntos vamos construir um futuro e uma Academia mais humana e inclusiva”, finaliza.

A denúncia surgiu hoje pelo movimento Quarentena Académica, uma plataforma de apoio a alunos do Ensino Superior, criada em Maio, que também condenou o acto, considerando haver um “teor extremamente racista”.

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Carolina Damas
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