ABC e HC Braga não têm dinheiro para realizar testes de rastreio à Covid-19

Os presidentes do ABC de Braga e do Hóquei Clube de Braga dizem que os seus clubes não têm dinheiro para suportar os custos dos testes de rastreio à Covid-19, na sequência das recomendações anunciadas ontem pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) para o regresso das competições de pavilhão.

A DGS obriga a que as modalidades de médio risco, dentro das quais se incluem o andebol e o hóquei em patins, realizem testes aleatórios até 48 horas antes da competição, sempre que as equipas compitam em zonas de transmissão comunitária activa da doença. No ABC, Rui Silva alerta que nem o seu clube, nem a própria Federação de Andebol de Portugal, têm condições para arcar com essa despesa.


“Os clubes já comunicaram à Federação que o custo dos testes é impossível de ser suportado e a própria Federação já assumiu que é difícil suportá-lo”, assinala o responsável máximo do ABC, revelando que a pandemia agravou os problemas financeiros do clube. 


“Fazer testes à equipa toda traz obviamente um custo muito alto, ainda por cima numa altura em que estamos a passar por graves dificuldades financeiras. Os patrocínios não abundam e, com a actividade parada há já vários meses, não tem entrado dinheiro para fazer face às despesas correntes do clube”, assume.


Também no Hóquei de Braga a capacidade para arcar com os custos dos testes não existe e Luís Botelho diz que o rastreio só será possível “com o apoio da Federação Portuguesa de Patinagem”. Além dos testes, as recomendações da DGS dão conta de que os espaços de treino devem ser higienizados e aponta à criação de circuitos dentro dos pavilhões, normas que o responsável do Hóquei de Braga revela já estarem a ser cumpridas pelo clube.


“Os treinos dos seniores começaram com essas directrizes e o documento da DGS imputa responsabilidade aos atletas e a toda a estrutura para cumprirem regras, algo que concordo”, admitindo que regras mais exigentes seriam “difíceis de concretizar”. 

A autoridade de saúde ressalva ainda, no documento publicado ontem, que não podem treinar duas equipas no mesmo espaço em simultâneo. No caso do ABC, os treinos são feitos em seis pavilhões distintos, todos em escolas, situação que pode dificultar a actividade do clube. 

“Neste período em que ainda não há aulas distribuímos os treinos ao longo do dia no Pavilhão Flávio Sá Leite [casa-mãe do ABC] mas ainda não sabemos se podemos utilizar os pavilhões das escolas, quando as aulas começarem”, aponta Rui Silva.

No Hóquei de Braga, os treinos em separado não causam problema. “Treina uma equipa de cada vez no pavilhão e nunca temos duas no ringue ou no balneário, não é viável nem nunca foi”, esclarece Luís Botelho.

O HC Braga regressa à competição no próximo dia 26 de Setembro, diante do Turquel, já o ABC defronta o FC Porto no dia 12.

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Pedro Magalhães
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