ACB defende layoff simplicado, apoio a fundo perdido e redução de rendas e impostos

Regresso ao layoff simplificado, criação de linhas de apoio a fundo perdido e redução do valor das rendas dos estabelecimentos e da carga fiscal para as empresas. Estas são as reivindicações da Associação Comercial de Braga (ACB), no dia em que o Governo deverá anunciar mais medidas de apoio para o sector.
Em Julho, o parlamento aprovou o alargamento do prazo até Dezembro de 2022 para o pagamento das rendas vencidas. Para Rui Marques, “a solução que existe actualmente pouco ajuda”. O director-geral da ACB considera que “deveria haver um modelo mais agressivo para que as empresas que têm uma baixa significativa de facturação possam ter uma redução do valor da renda”.
“Aquilo que defendemos é uma redução dos 40%, sendo que uma parte desta descida deve ser comparticipada pelo Estado, com benefícios para o proprietário”, acrescenta, em declarações proferidas esta quinta-feira à margem do balanço da iniciativa ‘Sugestões do Chef’.
Outro dos pedidos da ACB ao Governo é “a facilitação do processo de pagamento de impostos”. Lamentando que “o Governo não tem mostrado grande abertura até ao momento”, Rui Marques frisa a importância de “baixar a carga fiscal neste período mais crítico”.
Em relação a mecanismos que foram utilizados pelo Estado na primeira vaga da pandemia, além da recuperação do layoff simplicado, Rui Marques considera que é “necessário injectar novamente liquidez na economia”. No entanto, alerta que “esse assunto não se resolve apenas com mais créditos nas empresas, mesmo que sejam em condições vantajosas”.
“Seria desejável que parte desse crédito fosse convertido em fundo perdido. Em contra-partida, as empresas teriam de cumprir determinados pressupostos, nomeadamente a manutenção dos postos de trabalho. Esta crise não se vai resolver só com mais dívida”, concretiza.
O líder do Governo, António Costa, anunciou ontem que o Conselho de Ministros vai aprovar esta quinta-feira um novo conjunto de medidas de apoio à actividade económica, em particular, para as micro e pequenas e médias empresas.
