ACB. “Taxa de comparticipação não deveria ser de 20% mas perto de 100%”

Para a Associação Comercial de Braga (ACB), o apoio anunciado, esta quinta-feira, pelo primeiro-ministro, para o sector da restauração, fica aquém das expectativas.
O Governo decidiu que para compensar os prejuízos dos restaurantes, pelo encerramento nos próximos dois fins-de-semana, será grantido um apoio correspondente a 20% da quebra de facturação.
“Parece-nos muito pouco expressivo e relevante, não vai compensar pelas perdas que decorrem do encerramento. Fica publicamente apresentada como uma ajuda, mas não tem qualquer significado”, lamentou, em declarações à RUM, o director-geral da ACB, Rui Marques.
Ainda assim, para a ACB, os apoios que foram determinados para o sector da restauração deviam ser extensíveis “a todas as empresas abrangidas pelo encerramento”.
“Parece-nos que o que faria sentido era que esta taxa de comparticipação não fosse de 20% mas perto de 100%”, sugeriu o director-geral da ACB, lembrando que, neste sector, “os postos de trabalho não estão ao abrigo de nenhum mecanismo de protecção, na generaldiade dos casos, e as rendas também não tiveram redução”.
A manterem-se estas medidas, “é normal que aconteçam mais encerramentos do que os que já têm vindo a acontecer”.
O Governo clarificou que, nos próximos dois fins-de-semana, todo o comércio encerra às 13h, incluindo as grandes superficíes. Rui Marques saúda a medida, que diz pôr fim à “discriminação e aparente favorecimento das grandes operadoras, em relação ao pequeno comércio”.
Também a URBAC contesta a forma como o Governo decidiu calcular o apoio.
