AEB apela ao Governo que acabe com restrições horárias para salvar agosto e setembro

A Associação Empresarial de Braga (AEB) diz ser muito importante que o Governo acabe com algumas das restrições de combate à pandemia, nomeadamente no que às limitações de horário diz respeito, para salvar os meses de agosto e setembro, no setor do Turismo.
O conselheiro de Estado, Luís Marques Mendes, adiantou, este domingo, na SIC, que Portugal deverá conhecer, na próxima semana, um alívio das medidas de controlo à pandemia. Segundo a proposta dos peritos, que deverá ser apresentada ao Governo esta terça-feira, durante a reunião no Infarmed, as restrições de horários existentes deverão sofrer alterações.
“Esta restrição aos horários tem causado um impacto muito significativo na capacidade de gerar negócio. Esta altura, costuma ser o pico de vendas e, seja à semana ou fim de semana, os restaurantes registam um desempenho muito abaixo do que é habitual”, frisou Rui Marques, diretor-geral da AEB.
No primeiro semestre de 2021, em Braga, alojamento, restauração e agências de viagens registam “quebras de faturação acumuladas na ordem dos 33 milhões de euros”. As quebras de faturação no setor em 2020, relativamente a 2019, ascendem aos “60 milhões de euros”.
“No município de Braga, aquilo que nos indicam as transações económicas é que estamos com desempenho semelhante ao do primeiro semestre de 2020. Face a igual período de 20019, estamos com quebras de faturação de 50%. São valores muito significativos, que se traduzem enormes dificuldades para as empresas”, avançou em entrevista à RUM.
A Associação Empresarial de Braga enviou, na semana passada, uma comunicação ao primeiro-ministro, António Costa, “pedindo suspensão imediata das restrições em vigor quanto aos horários de encerramento dos estabelecimentos comerciais e de restauração; a revisão da matriz risco em função da evolução favorável que se verifica no plano de vacinação; asuspensão imediata da exigência de realização de testes para entrada nos estabelecimentos de alojamento e restauração e o lançamento imediato de uma nova geração do programa APOIAR, no sentido de colmatar as perdas de faturação das empresas mais atingidas pela pandemia”.
