AEMinho defende fusão entre as CIM do Cávado e do Ave


A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) defende uma fusão entre a Comunidade Intermunicipal do Cávado e a Comunidade Intermunicipal do Ave. A proposta será formalizada em março, num conselho geral que contará com a presença dos autarcas do quadrilátero urbano, do Ministro da Economia, e das principais forças vivas da região. O anúncio foi feito esta segunda-feira, aos microfones da RUM, pelo presidente da estrutura empresarial, Ricardo Costa.


Empresas, instituições de ensino, centros de investigação e personalidades da região serão chamados a participar neste conselho geral da AEMinho, agendado para 21 de março, momento que é referido, por Ricardo Costa, como o “pontapé de saída para que, de uma fez por todas, se faça algo estrutural ao nível desta coesão e cooperação entre os quatro municípios, mas que não deixe de fora todos os restantes concelhos” da região. Por força da limitação administrativa, assinalando que o quadrilátero urbano está nas duas CIM’s, uma das primeiras medidas será propor a fusão. 


“O nosso grande objetivo é existir uma grande região do Minho, que possa potenciar tudo aquilo de bom que aqui se faz e, depois, receber na exata medida naquilo que produz tudo aquilo que são os fundos e as medidas do orçamento de estado para esta região”, argumenta presidente da AEMinho.


Ricardo Costa considera também que esta fusão permitirá acabar com a ideia de que fica tudo no Porto e em Lisboa. “Temos que olhar para dentro, e perceber também que não temos tido a coesão e a cooperação entre os vários municípios e comunidades intermunicipais, para que o Minho seja olhado como uma fonte de negócio e desenvolvimento, seja ele social, cultural ou económico, que o é, mas que muitas vezes não sabemos valorizar”, sublinha.

AEMinho disponível para ajudar governo a desenhar plano estrutural


A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) teme que Portugal desperdice a “oportunidade única” que são os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e quer ajudar o governo a desenhar um plano estrutural a longo prazo. Os empresários da região estão disponíveis para apoiar o governo a orientar recursos essenciais para aumentar a capacidade das empresas portuguesas.

Ouvido pela RUM, Ricardo Costa, presidente da AEMinho, avisa que “há muitos desafios” para enfrentar no futuro, e o caminho que está a ser seguido pelo governo português, não ajuda a tornar as empresas mais competitivas no mercado global. Recordando que há dois anos, quando se começou a falar do PRR, a AEMinho notou que esta “era uma oportunidade única para dotar Portugal das infraestruturas de investimentos necessários para enfrentar o futuro de uma forma muito mais positiva”. Lamenta que o PRR esteja atrasado e que no caso do Portugal 2030 não haja muita informação. Por isso, admite que os empresários de Braga e Viana do Castelo temem que se perca “mais uma vez, uma grande oportunidade de estruturar Portugal para ser competitivo neste mercado cada vez mais global”.


Tendo em conta o contexto atual, o Governo precisa de saber ouvir os empresários, algo que quase não fez no âmbito recente do desenho do PRR. “Os empresários já têm mostrado a sua capacidade de, com pouco, fazer muito. Com a nossa experiência e partilha podemos desenhar um plano a médio e longo prazo para que Portugal possa estar na linha da frente de todos os desafios que se avizinham”, explica, notando a sua disponibilidade para trabalhar com o Governo. 


“Pela primeira vez, nesta crise energética, Portugal sai numa situação de vantagem. Temos sol, temos vento, temos uma boa localização geográfica. Portugal pode estar, pela primeira vez, numa situação de vantagem competitiva em relação aos países do centro e do norte da Europa”, conclui.

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Elsa Moura
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