Os desafios da AIA no regresso ao contacto com os utentes

A pandemia da covid-19 implicou retrocessos na população autista que implicam agora novos desafios para os profissionais que acompanham esta população. Em Braga, a AIA, que apoia os seus utentes através de terapias a crianças e jovens, mas também com um centro de actividades ocupacionais para adultos, está a tentar recuperar o tempo que passou sem que o acompanhamento decorresse dentro da normalidade.
Segundo o presidente da AIA, Associação de Apoio e Inclusão ao Autista de Braga, Eduardo Ribeiro, o encerramento de serviços durante o confinamento teve consequências que a instituição tem procurado minimizar nas últimas semanas. “Foi uma altura difícil quer para uns quer para outros por causa do confinamento, a falta de terapias e de actividades”, começa por admitir. A retoma já aconteceu “em parte”. Segundo Eduardo Ribeiro, durante o confinamento a AIA “procurou ajudar dentro das possibilidades, mantendo contacto com as famílias e percebendo o que ia fazendo falta”.
O responsável recorda que muitos dos utentes da AIA são “doentes de risco”, o que implica uma atenção ainda mais reforçada.
Nesta fase ainda nem todos os utentes retornaram e os processos estão a ser repetidos dentro do possível. “Temos que estar outra vez a trabalhar, mas não podendo recorrer a actividades que antes podíamos fazer por causa de restrições, nomeadamente ir para actividades de piscina ou de hipoterapia”, exemplifica.
O presidente da AIA considera que não seria possível fazer muito diferente desde que a pandemia invadiu o país tendo em conta que se trata de um desafio novo para governantes, profissionais e população em geral.
Durante este período, a Segurança Social “cumpriu com a sua obrigação” permitindo que os trabalhadores continuassem ao serviço. Agora, seguem-se “novos desafios”, na convicção de que todos estarão agora “mais preparados”.
