Air France-KLM formaliza interesse na compra da TAP nas próximas semanas

A Air France-KLM vai formalizar a manifestação de interesse na compra da TAP nas próximas semanas, até ao final de novembro, confirmou hoje o presidente executivo (CEO) da companhia, Benjamin Smith.
A informação foi adiantada pelo presidente executivo do grupo de aviação franco-neerlandês durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados do 3.º trimestre, divulgados hoje.
“Apresentaremos a nossa carta formal de manifestação de interesse no final deste mês”, afirmou o CEO, Benjamin Smith.
Os interessados na compra da transportadora portuguesa têm até às 16:59 dia 22 de novembro (hora de Portugal continental) para submeter a declaração de manifestação de interesse e de cumprimento dos critérios de admissão junto da Parpública, a gestora das participações do Estado em empresas públicas.
Questionado se o grupo tem estado em contacto com o Governo português ou outras autoridades recentemente, o CEO disse que “isso ainda não aconteceu até hoje”. “Esperamos que [a manifestação de interesse] dê início a um processo oficial, no qual começaremos a reunir-nos com as principais partes interessadas, incluindo o Governo”, esclareceu. Questionado se, na sua perspetiva, o processo de venda está a correr bem, o CEO disse ser “muito cedo” para responder, referindo que “nos próximos dois meses” já estará em condições de o fazer. O CEO reafirmou a vontade na aquisição da transportadora portuguesa. “Estamos definitivamente interessados”, disse.
O caderno de encargos da privatização prevê a venda de uma participação de até 44,9% da TAP, com 5% do capital reservado aos trabalhadores, conforme a Lei das Privatizações, sendo que o futuro comprador terá direito de preferência sobre a fatia não subscrita.
O Governo prevê que o processo fique concluído no prazo de um ano, dependendo das autorizações de Bruxelas.
Até ao momento, a Air France-KLM, a IAG (dona da Iberia e British Airways) e a Lufthansa foram as companhias que manifestaram publicamente o seu interesse, mas o processo de privatização também está aberto a potenciais investidores fora da Europa.
LUSA
