Alexandra Vieira promete um BE focado nas causas esquecidas do atual executivo

O Bloco de Esquerda (BE) vai apresentar uma candidatura “forte” à Câmara e à Assembleia Municipal de Braga apostada em responder aos “problemas estrutruais” do concelho, disse hoje à RUM a candidata Alexandra Vieira que promete uma candidatura “focada nas causas esquecidas” do atual executivo municipal.

Habitação, mobilidade, direitos sociais e cultura são três dos eixos do programa autárquico que o partido vai elaborar nos próximos meses. 

Ouvida pela RUM, a candidata, Alexandra Vieira, explicou que no caso da habitação “há uma lacuna” porque a maioria “não serve os munícipes”, dando os exemplos de “arrendamento elevado e falta de habitação social”.  A mobilidade surge como outra das preocupações. A deputada afirma que o Bloco de Esquerda quer alterar a organização da cidade “não só por razões relacionadas com o trânsito, mas também com a qualidade do ar”. 

Os bloquistas pretendem mais zonas 30 na cidade de Braga, proposta que tinham apresentado nas últimas autárquicas, em 2017.

Os direitos sociais são “fundamentais” para o BE que acusa o atual executivo municipal liderado por Ricardo Rio de “não ter nenhuma sensibilidade”.

Alexandra Vieira garante que o BE vai mostrar as suas propostas, baseadas no modelo de trabalho dos deputados municipais do bloco. 

“Os habitantes de Braga já sabem que contam com o BE para as causas que permanecem esquecidas por parte deste executivo municipal. A nossa grande aposta é concentrar nos problemas que a cidade tem, dar visibilidade e ser capaz de fazer proposta para resolver os problemas, alguns deles de décadas”, afiança.

Numa análise à atual gestão autárquica, a candidata do Bloco de Esquerda afirma que a maioria liderada por Ricardo Rio “peca por não ter uma ideia de cidade para todos os habitantes do concelho”. Considerando que existe um “total desnorte”, Alexandra Vieira dá o exemplo recente da ciclovia da variante da Encosta que “não faz rede”, e “não permite a mobilidade suave” porque este executivo municipal “não sabe que a bicicleta também é um meio de transporte tão aceitável como outro” e olha apenas para as ciclovias para lazer e desporto.

No caso da habitação social, a candidata do Bloco de Esquerda recorda o programa 1º Direito, um financiamento via câmaras municipais que exige um plano estratégico para a habitação que a autarquia bracarense já podia ter desde 2016. “No atual Plano de Recuperação e Resiliência está incluído um montante financeiro para o 1º Direito e Braga ainda não tem um plano estratégico para a habitação portanto, vai ficar de fora e perder este financiamento”, critica.

Os bloquistas lamentam também o “estado lastimável dos parques infantis” e a “insegurança da cidade para as crianças”.

No panorama cultural, Alexandra Vieira refere que a maioria de direita “não tem uma política coerente e consistente”, considerando que “não dá palco a muitos artistas de Braga com extrema qualidade”. 

A candidata faz questão de lembrar a “ideia absolutamente estapafúrdia de alienar a Fábrica Saboaria Confiança”, entretanto travada pelo BE e pelos restantes partidos da oposição. “A alienação da Confiança escreveria uma página trágica na história desta cidade”, disse, lamentando que o edifício continue sem qualquer obra de reabilitação.

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Elsa Moura
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Sara Pereira
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