Altino Bessa defende alargamento do layoff até ao final do ano

Para o vereador do Turismo da Câmara Municipal de Braga, o processo de layoff tem de ser alargado até ao final de 2020. O assunto foi abordado esta quinta-feira, à margem da apresentação da campanha ‘Compro em Braga’.
O mecanismo adoptado pelo Estado é válido até ao próximo mês e ainda não há uma decisão do Governo sobre a eventual continuidade ou reformulação do modelo em vigor. Devido à crise económica provocada pelo novo coronavírus, Altino Bessa considera que esse apoio necessita de ser prolongado, alertando, ainda assim, que existem sectores que “precisam de um olhar diferenciador”.
“Quando não podemos chegar a todo o lado, temos de focar naquelas que são as disponibilidades financeiras em sectores mais atingidos”, refere, dando os exemplos da restauração, da hotelaria e do comércio tradicional.
Segundo o vereador, existem mais duas medidas que o Governo deve adoptar para proteger esta área: o aumento dos valores das linhas de crédito, que, de acordo com Altino Bessa, estão “esgotadas”, e a suspensão do Pagamento Especial por Conta (PEC).
Este último mecanismo consiste no adiantamento do pagamento de IRC ao Estado por parte das empresas. Para o responsável municipal, “fazer o pagamento sobre um hipotético lucro que no final do ano terá um acerto de contas é descapitalizar ainda mais as empresas quando já não têm dinheiro para fazer face às despesas actuais”.
A escassez de clientes no comércio local tem sido uma evidência, segundo Altino Bessa, alertando que a lotação máxima de 50% decretada pelo Governo “não está sequer a ser atingida”. O vereador do Turismo dá o exemplo de uma situação que presenciou recentemente num estabelecimento do concelho. “Fui a um restaurante em que nesse dia tinha servido cinco refeições. Foi o dia em que serviu mais refeições desde a reabertura”.
