Altino Bessa “estranha” decisão da líder da JP e espera “muitos” jovens centristas na campanha

Altino Bessa afirma que a Juventude Popular (JP) de Braga fica sem representatividade na corrida autárquica de 26 de setembro por “culpa própria” e diz até “estranhar” a mudança de decisão da presidente, Renata Faria, que hoje anunciou que não aceitará integrar a lista da coligação Juntos por Braga à Câmara Municipal. A JP de Braga também não vai integrar a campanha eleitoral deste ano num sinal de protesto e contestação.
Ouvido esta tarde pela RUM depois da declaração pública da presidente da JP, Altino Bessa reafirmou que o CDS de Braga continua “muito tranquilo e seguro dos seus princípios” e admite até ser “curioso” que a presidente da estrutura tenha aceite o convite que lhe fez “pessoalmente” para depois se abster, em sede de votação da lista na reunião da comissão concelhia. “Já achei um sinal um bocadinho contraditório e agora, surpreedentemente ou não, auto excluiu-se do lugar que tinha sido atribuído à ‘jota’ que fica sem representatividade oficial por culpa da própria JP”, atirou.
Questionado sobre o impacto ou “incómodo” pela ausência da JP de Braga na campanha eleitoral da coligação de direita em Braga, Altino Bessa é taxativo: “Não, de todo. Nós não vamos ter alguns jovens a participar na campanha porque, felizmente, não é representativa da totalidade daquilo que são os jovens ligados ao CDS e à JP. Temos muitos outros jovens que vão colaborar connosco, que vão participar nas nossas listas nas juntas de freguesia, que irão participar ativamente na campanha”, acrescentou.
Altino Bessa apntou ainda que na sua opinião se tratou de uma posição “quase unilateral, e de uma pessoa que nem sequer representa a JP na sua totalidade”, referindo-se, sem mencionar, a Francisco Mota.
Recorde-se que esta decisão da Juventude Popular surge em “solidariedade” com o afastamento de Francisco Mota da lista à Câmara Municipal de Braga integrada na coligação Juntos por Braga. Desde o início do processo que o jovem centrista, de costas voltadas com Altino Bessa, exigiu ser integrado na lista da vereação em lugar elegível, ou seja, como número 2 do CDS-PP.
Nem a concelhia do CDS-PP nem Ricardo Rio, líder da coligação Juntos por Braga e presidente da autarquia cederam a esta exigência. Mais tarde, o próprio presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos também optou por se demarcar desta situação interna em Braga o que levou também à zanga de Francisco Mota com o presidente do partido.
