Alumna da UMinho vive momentos “assustadores” em Israel

O barulho das sirenes tem sido constante, nos últimos dias, em Rehovot, uma cidade localizada a cerca de 20 quilómetros de Telavive. O cenário é “assustador” diz Sílvia Carvalho, antiga aluna de Biologia Aplicada da Universidade do Minho, a residir e trabalhar nesta zona.

A alumna, que vive há vários anos em Israel, admite, em entrevista à RUM, que “não tem sido nada fácil”. Os mísseis têm sido constantes, de dia e de noite. “Não houve baixas a registrar, mas durante a noite é assustador. Normalmente acordamos e há uma aplicação que nos dá um aviso, com uma sirene a tocar na aplicação”, descreve.

A investigadora detalha ainda que esse é o primeiro aviso para que se desloquem para perto de um abrigo, porque “dentro de 30 minutos a uma hora Israel será atacado”.

“Depois, recebemos um segundo aviso para entrarmos no abrigo, onde permanecemos até termos instruções para sair”, acrescentou.

Pela primeira vez, este fim de semana, a cidade de Rehovot foi atingida por mísseis, com impacto direto. “Os mecanismos de defesa israelita não conseguiram parar os mísseis iranianos e um dos mísseis caiu no instituto onde eu trabalho. Destruiu completamente um dos edifícios e outros três ficaram gravemente danificados”, frisou a antiga estudante. A casa onde habita, revelou ainda, “abanou completamente, parecia que estava a haver um tremor de terra”. “Foi assustador e anda toda a gente com uns níveis de stress completamente elevados”, finalizou.


Mísseis iranianos atingem várias cidades israelitas importantes

O Irão bombardeou esta noite com mísseis várias cidades israelitas importantes, matando, pelo menos, cinco pessoas, segundo os serviços de emergência de Israel, em resposta aos ataques israelitas que atingiram território iraniano pela quarta noite consecutiva.

Em Telavive, as imagens da AFP mostraram edifícios destruídos onde os bombeiros procuravam sobreviventes entre os escombros. Outros projéteis atingiram as cidades de Petah Tikva e Bnei Brak, perto de Telavive, ainda segundo a agência de notícias francesa.

Em Teerão, o Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, apelou hoje num discurso no parlamento à unidade dos iranianos, instando a população a manter-se eunida e “forte contra a agressão criminosa genocida”.

E, em Jerusalém, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, advertiu que o povo de Teerão “pagará o preço” dos ataques iranianos contra civis israelitas.

Os Guardas da Revolução iranianos afirmaram que o novo ataque desta madrugada permitiu “que os mísseis atingissem com êxito alvos” em Israel e prometeram continuar as operações “mais devastadoras”.

O ataque foi efetuado “apesar do apoio total dos Estados Unidos e das potências ocidentais” a Israel, acrescentou o exército da República Islâmica.

A força aérea israelita também atacou “dezenas” de locais de mísseis superfície-superfície e instalações militares no oeste do país.

Os ataques mataram, pelo menos, 224 pessoas no Irão desde sexta-feira e feriram mais de mil, anunciou o ministério iraniano da Saúde no domingo.

Do lado israelita, pelo menos 18 pessoas foram mortas e quase 400 feridas desde sexta-feira, segundo a polícia e os serviços de emergência.

Depois de décadas de guerra por procuração e de operações pontuais, esta é a primeira vez que os dois países inimigos se confrontam militarmente com esta intensidade.

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Liliana Oliveira
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