Alunos da Alberto Sampaio criam mural inspirado na interculturalidade e nas ‘Origens’

Inspirados pela interculturalidade, os alunos do 12.º ano da Escola Secundária Alberto Sampaio deram vida a uma das paredes da escola. Ali, ‘vive’ agora um mural, com a representação artística das impressões digitais destes alunos, que são quase como que uma semente do conhecimento, também representada na pintura, que Alberto Sampaio lança e dá origem a uma árvore, que, por sua vez, dá frutos, tal como o conhecimento.
A residência Origens – Intervenção Artística Comunitária foi desenvolvida pela A Casa ao Lado e pelo Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio, entre março e maio.
Este projeto de intervenção artística pretende promover a transformação social para a igualdade e liberdade.
O presidente da Câmara lembra que o ‘Origens’ é um projeto integrado no ‘ATLAS – Programa de Mediação Cultural’, promovido pelo Município de Braga, alinhado com a Estratégia Cultural de Braga 2030.
Ricardo Rio, que tutela a pasta da Cultura, lembrou o desafio que é lançado às escolas de promover “a criatividade e a intervenção na arte urbana”. Pretende-se, assim, “potenciar o processo, envolvendo “largas centenas de alunos e professores, na formatação do projeto”, mas também “ter uma presença física daquilo que foi o trabalho realizado, um marco que fica para as gerações vindouras”.
A coordenadora intermunicipal do Plano Nacional das Artes (PNA) evidencia o trabalho que Braga tem feito com as escolas, nesta área. Suzana Leite diz que o município é diferenciador por pensar os projetos culturais com as comunidades escolares.
“Estão a dar oportunidade aos estabelecimentos de ensino de ter a arte nas escolas. O que importa disto tudo é envolver os alunos e o contacto com os artistas, que é uma das medidas do Plano Nacional das Artes que realmente tem um poder transformador”, afirmou a responsável. Ainda antes da existência do PNA, disse, “Braga já estava a anos-luz, já trabalhava com as escolas, já tínhamos residências nas escolas”. Este ano, foram oito e todas foram pensadas com as escolas e isto realmente é que é diferenciador”, destacou.
Joana Brito, da estrutura artística A Casa ao Lado, explicou que quiseram manter a “identidade da escola” sendo que os alunos deviam deixar a sua marca. “Foi com muito prazer que trabalhamos no Agrupamento e houve muita criatividade envolvida”, referiu.
Para o presidente do Agrupamento de Escolas, João Andrade, não se trata apenas “de um mural”, mas de “todo o processo que leva à construção do mesmo”. “A arte quando é coletiva e colaborativa tem esse efeito de conjugar e de nos pôr a pensar”, finalizou.
Foi inaugurada, esta quinta-feira, a Intervenção Artística Comunitária – Origens – que foi desenvolvida pela A Casa ao Lado e pelo Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio, envolvendo 37 professores e mais de 300 alunos, de 16 turmas do 12.º ano.
