Alunos de Aeroespacial deverão ter laboratório no Cerval em 2024/2025

O curso de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Minho prepara-se para fortalecer a componente prática, com aulas experimentais e investigação em aeronáutica no Aeródromo do Cerval.
As Câmaras de Valença e Cerveira têm em marcha um investimento para a construção de um hangar no aeródromo, que será ocupado pelos estudantes minhotos.
Gustavo Dias, diretor do curso de Aeroespacial, admite que há “necessidade de haver espaços de teste de sistemas aeronáuticos e aeroespaciais” e “o aeródromo do Cerval tem espaço disponível”, numa área total de 30 hectares. “Está prevista a construção de hangares adicionais no aeródromo e também está previsto que a Universidade utilize um desses hangares, para capacitar as suas atividades de desenvolvimento de projetos mais aplicacionais”, adiantou em entrevista à RUM.
A construção ficará a cargo das autarquias de Valença e Cerveira, cabendo à UMinho equipar os laboratórios que ali serão instalados, “para testar projetos de investigação neste domínio”.
Gustavo Dias esclareceu ainda que “o projeto depende da disponibilidade de terrenos e da construção destes hangares, que está a cargo das câmaras municipais, e são processos que não estão sob alçada da Universidade”. “O que eu prevejo é que, provavelmente, não ainda no próximo ano letivo, mas no ano letivo seguinte já haja um espaço no Cerval, que permita ser uma extensão da atividade de engenharia aeroespacial, que está sediada fundamentalmente em Guimarães”, adiantou o diretor.
O reforço da componente prática do curso poderá ser mais “um atrativo” para os jovens estudantes, sendo que a procura, neste ano de estreia, foi elevada e o curso contou com a nota de acesso mais elevada da academia minhota.
Gustavo Dias enaltece ainda as “características técnicas” do aeródromo, que permitem fazer testes em segurança, algo que não acontece atualmente em Braga ou Guimarães. “Se tivermos que testar uma coisa de uma escala maior, um foguete ou um drone, não podemos fazê-lo no meio de Guimarães ou de Braga. Precisamos de um espaço adequado, com as características de segurança certas e o aeródromo de Cerval tem muito boas condições. Permite fazer reserva de espaço aéreo e está fora das grandes rotas comerciais, ou seja, dos aeroportos do Porto e de Vigo”, destacou.
Recorde-se que foi assinado um protocolo de colaboração, entre a UMinho e o Aeroclube do Alto Minho, que visa o desenvolvimento de projetos na área da aeronáutica, como programas de formação, adaptação ao meio aéreo, conferências e workshops.
