Ansiedade. “O que estava escondido debaixo do tapete veio ao de cima com a pandemia”

O número de episódios de perturbações de ansiedade em crianças e adolescentes cresceu significativamente durante a pandemia. O cenário é retratado por Daniela Teixeira da Fonseca, psicóloga do Hospital de Braga.

A situação foi, sobretudo, evidente no período de confinamento, refletindo-se no aumento de “pedidos de ajuda”. Em entrevista ao programa ‘A Saúde Tem Voz’, promovido pela RUM e pela unidade hospitalar, explica que “os jovens que já sofriam esta perturbação fez subir muito os níveis de ansiedade” e que “tudo aquilo que estava escondido debaixo do tapete veio ao de cima”.

“Principalmente nos adolescentes notou-se muito a ansiedade social, relacionada com o isolamento, com o facto de estarem fechados e depois com o regresso à escola”, detalhou no programa emitido este domingo, enaltecendo, ainda assim, que a situação, neste momento, está mais controlada.

Daniela Teixeira da Fonseca refere que, com a Covid-19, surgiu “uma preocupação excessiva com a saúde e com higienização” e, com isso, “dificuldades em sair de casa por medo de contaminação”. Em alguns casos levou a episódios de perturbação obsessivo-compulsiva. “Alguns jovens tinham de fazer um determinado ritual antes de saírem de casa com medo que algo de mal fosse acontecer”.

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Tiago Barquinha
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