Imagina o metro de superfície a passar no Arco da Porta Nova? O PS sim.

O candidato da coligação PS/PAN, António Braga, já sabe por onde quer que passe a primeira linha do metro de superfície e promete recuperar o traçado do elétrico que a cidade teve, no passado. Os socialistas apresentaram esta sexta-feira o programa eleitoral de 58 páginas. Na sede da concelhia, vários militantes e independentes que contribuíram para o documento assistiram a uma apresentação de António Braga, ele que disse que o metro de superfície até tem a vantagem de ser suficientemente estreito para passar debaixo do Arco da Porta Nova. Já depois da apresentação e em declarações exclusivas à RUM, único órgão de comunicação social que assistiu à apresentação oficial do documento, explicou o primeiro traçado que pretende instalar caso seja eleito presidente de câmara no próximo dia 12 de outubro. 

O metro deve passar pelo Arco da Porta Nova? “Sim, quem tem memória, a antiga rede de elétricos que Braga possuía, ele passava precisamente por ali. É plausível que ele possa passar por ali, o que queremos é fazer com que a cidade seja ligada entre as suas pontas e o seu centro”, começou por argumentar.

A coligação PS/PAN pretende várias linhas e pretende que a primeira faça “a ligação de Ferreiros até à base do Elevador do Bom Jesus, recriando essa linha, levando-a pelo miolo da cidade até à Universidade e depois derivando para o Bom Jesus”. E para garantir essa ligação direta vai “interromper a Rodovia, retirar a passagem aérea e incluir semaforização permitindo uma ligação direta entre a rua D. Pedro V e Rua Nova de Santa Cruz”. “É uma primeira linha que estamos a estudar e que pode ser estabelecida no imediato. É um projeto mais caro que o BRT, mas a prazo é muito mais barato e por isso essa será a nossa aposta nem que tenhamos que recorrer a uma Parceria Público Privada”, sublinhou.

Ainda na dimensão da mobilidade, para lá da conclusão da Variante do Cávado, nem que seja através do orçamento municipal ou da circular externa, a candidatura PS/PAN pretende criar um passe metropolitano, integrando os serviços nos diferentes concelhos, assim como uma tarifa única dos TUB. A criação de corredores BUS “nos principais eixos urbanos”, também consta na lista de compromissos. Já a estação de TGV em Braga deverá ser “uma verdadeira gare do Minho”, pode ler-se no programa disponibilizado à RUM.


Braga como alternativa ao aeroporto do Porto


Não foi mencionada pelo candidato no momento de apresentação do programa, na manhã desta sexta-feira, nem encontramos no documento a que tivemos acesso, mas surgiu esta sexta-feira à noite num vídeo nas redes sociais da candidatura: António Braga revela um objetivo relacionado com o aeródromo municipal que, segundo explica, terá a sua pista prolongada “para permitir a frequência de aviões de médio curso de ligação à Europa”. Esta dimensão já tinha sido referida anteriormente pelo candidato.

“Aqui será construída também uma infraestrutura que responda à necessidade de enquadrar o turismo que se dirige a Braga e oferecer Braga como alternativa ao aeroporto do Porto”, continuou. O candidato acredita que possa resultar numa infraestrutura “âncora” que servirá toda a região da área metropolitana do Minho. Além disso, diz que terá capacidades para “conviver com o autódromo de Braga”.

Estádio 1º de Maio polivalente e preparado para receber “grandes espetáculos de bandas internacionais”


O compromisso com a recuperação do Estádio 1º de Maio foi também mencionado pelo socialista e surge no programa. Critica a coligação por ter permitido “doze anos de degradação sucessiva” e por não ter aproveitado fundos. À RUM, António Braga detalha que a finalidade olímpica é para valorizar, atraindo provas nacionais e internacionais. Rejeita que o equipamento passe para a gestão de clubes, valorizando a utilização pública. Considera ainda que o equipamento tem potencialidades para ser explorado do ponto de vista da realização de “grandes concertos internacionais” em Braga. 

Demolir Pavilhão Flávio Sá Leite e construir um novo na antiga Quinta do Clube de Caçadores

Também ele defensor de uma harmonia entre o Monte Picoto e o Parque das Camélias, o candidato do PS/PAN explica que vai “rasgar” o projeto de recuperação do Pavilhão Flávio Sá Leite, do executivo ainda em funções, e demolir o atual, tal como a sede do Arsenal da Devesa. Vamos englobar todo o parque da ponte ao sopé do Monte Picoto, anulando a rua, transferindo o pavilhão para a antiga quinta do clube de Caçadores e construindo um novo pavilhão para o ABC que permita a realização de provas internacionais. “Aquela zona tem que ser limpa, para que o Estádio 1º de Maio tenha um enquadramento respeitável”. 

Já a sede do Arsenal Clube da Devesa “será construída nos edifícios ao lado”, agora em ruínas e que são propriedade do município. António Braga admite, caso seja viável, a possibilidade de construção de um outro pavilhão dedicado àquele clube.

Numa das cidades mais jovens do país, o candidato socialista propõe a criação de “uma verdadeira rede pública de creches”, estimulando as próprias empresas “para poderem ter nas suas instalações creches e berçários”. Com alguns exemplos em Braga, no futuro, com o PS, o Município “entra com a sua parte no que respeita à sua responsabilidade”, referiu, acrescentando que esta oferta pode ser dirigida ainda à comunidade envolvente”. 

[notícia atualizada às 10h03 deste sábado]

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Elsa Moura
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Sara Pereira
NO AR Sara Pereira A seguir: Carolina Damas às 17:00
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