António Cunha diz que regionalização permite “melhor utilização dos dinheiros públicos”

Acérrimo defensor da regionalização, o presidente da CCDR-N, António Cunha, diz não encontrar aspetos negativos neste processo. Na entrevista à RUM, expressou a sua visão sobre o processo de regionalização, afirmando que “uma gestão mais efetiva pode ser de melhor utilização dos dinheiros públicos”.

“A gestão de proximidade, de maior conhecimento , com maior nível de interação só pode ter vantagens face ao modelo atual, que, devido ao distanciamento e à falta de contextualização tem provado que está descontextualizado da realidade”, apontou. 

António Cunha garante, na resposta a alguns críticos da regionalização, que este processo “pode ser feito sem aumento de encargos do ponto de vista de investimento na máquina de gestão, que já existe só tem que ser articulada de forma diferente”. 

A título de exemplo, o responsável explica que “dificilmente se pode falar de uma intervenção urbana e não pensar nas implicações sociais que isso pode ter e na forma como as pessoa serão afetadas”.

Para o presidente da CCDR-N, a regionalizaçãpo permitira “um Norte com melhores condições de vida, um lugar atrativo”, onde são precisas pessoas, uma vez que esta região “perdeu população” nos últimos anos. 

“A economia tem que vencer a batalha de geração de valor, porque só com melhores salários se vão fixar pessoas na região. Os nossos níveis de produtividade estão 10 a 20% abaixo da região de Lisboa. Temos que vencer esta batalha pela inovação e pela articulação entre os centros de Investigação e Desenvolvimento e a indústria”, afirmou. 

No que toca à descentralização de competências, “tem havido tentativas de que os programas regionais sejam plenas declinações do pensamento nacional, em termos de calendário e avissos”. “Os programas são idênticos a nível nacional e as especificidades regionais são pouco tidas em conta”, lamentou António Cunha. 

Para o presidente da CCDR-N, esses programas devem ser “diferenciados, porque a diversidade do território assim o justifica”. 

“Acredito que este processo está a ir num bom caminho. Há um consenso nacional de descentralização e de maior autonomia do papel das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais”, referiu, indicando que áreas como “saúde , cultura e ambiente são setores onde é absolutamente necessária uma descentralização e uma coordenação regional”. 

Pode ouvir a entrevista na íntegra aqui.

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Liliana Oliveira
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