30 anos de APAV. “As medidas de protecção e de segurança existem. Não temam”

Ao longo de três décadas, mais de 330 mil pessoas foram apoiadas pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). Os números foram avançados esta quinta-feira pela APAV, no dia em que celebra 30 anos de existência.
Desde a sua fundação, a organização recebeu queixas de vítimas oriundas de 273 dos 304 concelhos que existem em Portugal. No ano passado, nos 64 serviços associados à APAV, registaram-se mais de 54 mil atendimentos.
Em declarações à RUM, a gestora do Gabinete de Apoio à Vítima de Braga indica que chegam cada vez mais queixas enquadradas nos domínios do cyber-crime, de crimes sexuais e contra a liberdade pessoal. Ainda assim, “a maior parte das denúncias, 79%, continua a ser de violência doméstica”, englobando violência conjugal e no namoro e contra idosos, crianças, cidadãos deficientes e mulheres grávidas.
Marta Mendes explica que a linha de acção da APAV concentra-se num “trabalho multidisciplinar, incluindo apoios de ordem social, psicólogico e social”. “É um apoio prático no sentido do encaminhamento dos casos, não só no momento inicial – o da denúncia -, mas também ao longo e após o processo-crime”
Para a responsável local da APAV, as vítimas têm à sua disposição “serviços de apoio suficentes que possibilitam a activação dos seus direitos”. “Eles estão plasmados. As medidas de protecção e de segurança existem. Não temam”, acrescenta.
