Após período “horrível”, vencer a Taça foi “absolutamente extraordinário”

O presidente da direção do FC Famalicão refere que “só jogadoras e uma equipa técnica com elevado caráter” seriam capazes de chegar ao final da época com a conquista da Taça de Portugal, a primeira da história do clube. Em causa o início atribulado da temporada.

No arranque da época, houve duas trocas de treinador, com as saídas de Jorge Barcellos, por motivos pessoais, e de Miguel Afonso, acusado de assédio sexual por episódios referentes ao tempo em que esteve no Rio Ave. Entrevistado no programa RUM(O) Desportivo, Jorge Silva fala de “um ano atípico” e, que, por isso, “o feito resulta de uma forma muito mais extraordinária”, elogiando a “competência” do grupo liderado pelo técnico Marco Ramos. 

“Foi uma época em que questionamos até as nossas competências e onde tudo foi posto em causa. Aquilo que a estrutura viveu foi horrível […]. Na altura, aquilo que mais queríamos é que nos deixassem em paz, dado que não contribuímos em nada para esta guerra. Queríamos fazer o nosso trabalho de forma tranquila e sem a ingerência constante e permanente de quem quis muito mal ao projeto do Futebol Clube de Famalicão feminino”, confessa.

Também presente no RUM(O) Desportivo, a guarda-redes titular do FC Famalicão na final diante do SC Braga conta que “subir as escadas do Jamor foi um momento muito bom”. Para o feito, considera Aline Lima, contribuiu “a “experiência da época passada”, em que a equipa famalicense perdeu no jogo decisivo da prova rainha perante o Sporting.

A jovem de 22 anos diz que serviu para “o grupo amadurecer”. “Estávamos mais preparadas, já sabíamos o que iríamos sentir, tendo mais público nas bancadas do que o normal e contando com mais pressão porque estava um título em jogo”, argumenta.