Arrancaram os trabalhos na futura Escola de Engenharia Aeroespacial da UMinho  

Em Guimarães, arrancaram os trabalhos preparatórios para a obra de requalificação da Fábrica do Arquinho, futura casa da Escola de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Minho, que ficará instalada na freguesia de Urgezes. A novidade foi adiantada em comunicado pelo município vimaranense, esta terça-feira. O investimento total da obra é de quase 15Milhões de Euros, metade dos quais financiado pelo NORTE 2030.


De acordo com o estipulado, a empreitada contempla a preservação e valorização do património industrial existente, adaptando-o a novas funções de ensino e investigação, com especial enfoque na eficiência energética, sustentabilidade e criação de condições modernas para acolher atividades académicas e científicas.

Os edifícios contarão com salas de aula, laboratórios, áreas de investigação e espaços de apoio, num conjunto arquitetónico que “combina reabilitação e construção contemporânea, garantindo a integração com a envolvente urbana e paisagística”.


Em abril deste ano, o presidente da Universidade Internacional do Espaço (ISU) admitiu também a possibilidade de criar um polo em Portugal, revelando uma reunião com o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, e o presidente da Escola de Engenharia, Pedro Arezes.

Naquela ocasião, Adelina Paula Pinto assumia igualmente que seria uma “excelente notícia” para Guimarães e para a própria instituição de ensino superior minhota. “Vemos com muito agrado este caminho que a universidade fez, que estão a sair os primeiros licenciados e ter já este impacto universitário. Os alinhamentos estão todos feitos para termos aqui condições físicas e uma cidade verdadeiramente universitária e termos estas condições de parcerias feitas em múltiplos setores e que podem ajudar”, atestava, antecipando que a engenharia espacial “levará Guimarães a outros mundos”.

A Fábrica do Arquinho, na freguesia de Urgezes, começa a ser revitalizada para a Universidade do Minho e é mais um equipamento que o município vimaranense disponibiliza à instituição de ensino superior, não só para instalar a a Escola Aeroespacial mas também a Fibrenamics. “Fomos mostrando ao longo destes anos todos que fomos sendo capazes de reiventar espaços para atribuir às universidades”, acrescentou a vereadora, nomeando exemplos como o Teatro Jordão (Artes Visuais, Escola de Teatro e Música), mas também a Quinta do Costeado, que está a ser intervencionada para dar lugar à Escola de Hotelaria e Turismo. 

A história da Fábrica do Arquinho até à compra da CMG em 2020


Inaugurada em 1913, foi uma das fábricas têxteis mais importantes do concelho de Guimarães e local de trabalho de centenas de vimaranenses até ao seu encerramento, no século XX.

Os fundadores foram dois irmãos, António José Pereira de Lima e Manuel José Pereira de Lima. Segundo informação disponibilizada, a fábrica sobreviveu ao envolvimento de Portugal na Primeira Guerra Mundial, passou por muitas expansões e modificações ao longo dos seus mais de 70 anos de existência ativa. No ano de 1991 foi declarada falência e desde então ficou ao abandono.

Após várias movimentações cívicas em defesa daquele património, foi adquirida em 2020 pelo município de Guimarães.

Os trabalhos de reconstrução, restauração e reabilitação arrancaram neste mês de agosto e 2027 é a data apontada para a sua conclusão.

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Elsa Moura
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