ASPA atribui nota positiva ao parque eco monumental das Sete Fontes

A Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural (ASPA) afirma que o parque eco monumental das Sete Fontes não é um assunto fechado, mas dá nota positiva ao caminho trilhado, depois de uma luta “difícil e prolongada” da ASPA e do Movimento das Sete Fontes.

Na noite de terça-feira, em entrevista ao programa Campus Verbal, o presidente da ASPA, Armando Malheiro, reconheceu que esta fase obriga a “vigilância e acompanhamento”, dando “contributos” num projeto que “concilia interesses”, nomeadamente de construção. “A nossa valoração é positiva, mas vamos acompanhar”, vincou.


Com várias áreas construtivas, em particular nas entradas do parque, Armando Malheiro admite que é necessário “equilíbrio” e recusa a ideia, nesta fase, de uma postura “radical” da ASPA. 

“Não somos o preservar por preservar, deixar cair e nada fazer. É evidente que não é fácil e a busca desse equilíbrio não se faz à mesa do café. Exige estudo, muito olhar para soluções que noutros países se vai fazendo, ajustar o original à nossa realidade”, defende.

A ASPA elogia também o projeto da Insula das Carvalheiras, ainda que assuma que vem “tarde”. Armando Malheiro reconhece que “mais vale tarde do que nunca”. “Tarde, por sistema, é péssimo e há uma perda muito grande”, continua. No entanto, “a preservação com um espaço museológico a céu aberto, com um centro interpretativo, é algo que merece a nossa aprovação e a nossa vigilância”, remata.

ASPA sugere repositório de materiais de construção de obras no centro histórico e pede que se evite política do fachadismo

Na mesma entrevista, Armando Malheiro abordou as obras de recuperação em múltiplos edifícios do centro histórico da cidade de Braga. A Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural sugere a criação de um repositório de materiais de construção retirados nestes processos em que muitas vezes praticamente todo o interior dos prédios é demolido.

Armando Malheiro sublinha que “é importante uma concepção de património que vá para além da fachada”, mas refere que “a questão torna-se muito delicada porque temos os interesses particulares de que há que rentabilizar ao máximo a ocupação e para isso, a ameaça ao miolo dos edifícios é óbvia e com isso perde-se património”, constata.

A ASPA teme o risco de uma “simples proliferação do fachadismo” e assume que o problema não é de hoje. “Já não vem de agora. Na Câmara anterior fizeram-se algumas intervenções no centro em que ficaram as fachadas dos edifícios. Agora, indo as gruas para o centro da cidade, temos o risco de uma proliferação do fachadismo”, alerta.


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Elsa Moura
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