Associação CAIS quer estreitar ligação à região de Braga

A Associação CAIS pretende alargar o seu âmbito de ação para lá de Lisboa e Porto. Com mais de 600 utentes, a associação de solidariedade social focada na inclusão e na reinserção da população marginalizada é cada vez mais procurada.

A nova direção, empossada no arranque de 2021, integra um vimaranense: Joaquim Castro de Freitas, responsável pelo trabalho no Porto e que pretende levar a ajuda da Cais a mais cidadãos, nomeadamente do distrito de Braga. 

Em entrevista à RUM ontem à noite, confessou que é “importante” levar o trabalho da CAIS a outras cidades. “Esse processo é importante e a verdade é que quando as pessoas conhecem a CAIS e o impacto que tem nas pessoas, compreendem que isto é uma missão que tem que ser apoiada”, disse.

Joaquim Castro de Freitas assume que “felizmente” muitas outras associações fazem este trabalho, ainda assim, esta rede complementar que apoia pessoas muito vulneráveis não pode deixar ninguém indiferente. “Não podemos permitir-nos achar normal ter alguém a dormir na rua ou ter alguém que não tem capacidade de por comida na mesa”, reitera.

Ainda que em Lisboa e no Porto, as pessoas em situação de vulnerabilidade sejam muitas mais, este responsável da CAIS reconhece que nas cidades mais pequenas, as organizações instaladas já ajudam. Mas, a CAIS pretende “estar presente no país todo” e angariar também novos parceiros que permitam um trabalho efetivo noutras cidades que resulte na inclusão e reinserção da sua população marginalizada.

CAIS acompanha atualmente mais de 600 utentes em Lisboa e Porto

A associação acompanha neste momento mais de seiscentas pessoas, mas o número de pedidos de ajuda está a aumentar com a pandemia.

A venda da revista CAIS através de todos os seus utentes é determinante para que os vendedores retirem o dinheiro para poderem “pagar comida, para pagar a casa e para viver”, mas desde o início da pandemia, a sua venda nas ruas foi proibida o que tornou a missão “mais complexa”, assume o responsável.

Além do apoio alimentar, a CAIS acompanha esta população num caminho que os possa “devolver com condições melhores a um contexto de integração”, seja com o emprego como através da aquisição de novas competências por via da formação.

Joaquim Castro de Freitas lembra que a CAIS “não quer ajudar a mesma pessoa a vida toda”. “Não gostaríamos de estar a vida toda a ajudar uma pessoa, nós gostaríamos de ser um parceiro numa determinada fase na vida dessa pessoa para que ela, a partir daí, tenha condições para ser totalmente reintegrada e seguir a sua vida feliz”, completa.

A revista CAIS continua à venda, mas apenas em formato online. Os interessados podem encomendar a revista que depois será enviada por correio. A cada edição, a revista conta com um editor convidado. Contém sempre “informação útil e interessante de diversas áreas”, além do destaque para projetos desenvolvidos pela própria associação, de acordo com o responsável. “Dependendo do convidado temos conteúdo adaptado e um conjunto de conteúdos que construímos e que ajuda a compreender muito o que é o trabalho da CAIS”, refere, sublinhando que “a CAIS pede ajuda para conseguir ajudar”.


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Elsa Moura
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